segunda-feira, maio 16, 2005

A FLOR DA PELE

Olá! Hoje acordei muito pensativa e nostálgica sobre a vida. Deu-me uma saudade incontrolável dos que se foram, dos que estão longe, dos que estão perto, da minha infância, do passado, do futuro que ainda não vivi, dos sonhos que plantei e não colhi, de mim mesma...

Talvez pela nostalgia me lembrei que uma vez fui perguntada se era uma menina ou uma mulher... Parece estranho, mas na hora não soube responder. Hoje, tudo é tão mais claro, pois tenho a certeza que existe em mim, uma multiplicidade de seres: uma menina de 5 anos com medo do escuro, uma adolescente indecisa com ganas de viver, realizar e sem paciência de esperar, uma mulher de 40 anos bem resolvida e segura, e uma velha de 70 anos frustrada com a vida e de tão magoada que foi não acredita mais no amor, na vida, no futuro e nas pessoas...

Um pouco depressivo, mas é como me sinto, aprisionada por um corpo que não mais reconheço, com marcas que ainda estão abertas, e com uma mente pesada demais para os poucos anos que tenho.

Para fechar o post, essa música do Zeca Baleiro que por tantas vezes me identifiquei ao ouvir.


Flor da pele
Zeca Baleiro



Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele que teu olhar pela janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele que meu desejo se confunde com a vontadede de não ser
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízo final
Um barco sem porto sem rumo, sem velaCavalo sem cela
Um bicho soltoUm cão sem donoUm menino bandido
Às vezes me preservo outras suicidoÀs vezes me preservo noutras suicido
oh sim, eu estou tão cansadomas não prá dizer que eu não acredito mais em você
eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus
mas vou tomar aquele velho navioaquele velho navip
um barco sem rumo, sem porto, sem velacavalo sem sela
um bicho solto, um cão sem dono, um menino bandido
às vezes me preservo noutras suicido

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