quarta-feira, junho 01, 2005

Humanidade

NÃO amo a Humanidade na sua feição abstracta e necessariamente ideal. Mais: não sei de que falamos quando falamos de Humanidade. Conheço os meus vizinhos, a minha família, os meus amigos e inimigos. Sou decente com quem devo e implacável com quem não devo. Mas não alimento qualquer ilusão utópica sobre o mundo. Sei que algumas iniquidades não têm uma solução política à espera e que a função de qualquer sociedade civilizada é engendrar os arranjos possíveis e nem sempre os desejados.
 
João Pereira Coutinho - O Independente . 21/2/03
Coutinho é jornalista, escreve para o jornal português Expresso e para a folha online
:)

 
Depois de ler este paragrafo sobre a humanidade, fiquei a pensar como concordava com ele. No fundo ficamos nessa dança das cadeiras entre ser tão perfeitos e politicamente corretos que amariamos a humanidade, logo amariamos a todos os seres humanos, mas a coisa não é assim. Amamos mais a nossa família, nossos amigos, nossos vizinhos, nossos nacionais e assim progressivamente tendo como último degrau amar a humanidade. Humanidade esta que não conhecemos suas feições, pensamentos ou futuro.
 
É claro que amar mais certos indivíduos do que a humanidade não presenta a intolerância ou apelo a guerra. Ao contrário, pode representar a perspeção da individualidade e do diferente, e a tolerância às diferenças.
 
E você caro único leitor amigo pode ou não concordar comigo, mas acredito que só contribuo para essa humanidade quando procuro ser um indivíduo melhor, uma cidadã melhor e mais esclarecida. Não acredito em ações milagrosas ou em caridades.

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