quarta-feira, abril 29, 2009

A ponte

Caro único leitor amigo, acho que conheço essa ponte da música, e você?








A ponte
(Lenine e Gogh)

Como é que faz pra lavar a roupa?
Vai na fonte, vai na fonte
Como é que faz pra raiar o dia?
No horizonte, no horizonte
Este lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?
Pela ponte, pela ponte

A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento

A ponte nem tem que sair do lugar
Aponte pra onde quiser
A ponte é o abraço do braço do mar
Com a mão da maré
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento

Eu já atravessei a ponte do paraguai,
Um filme inspirou a ponte-do-rio-que-cai,
É sucesso em campinas e na voz dos racionais

Mas a ponte da capital é demais!
Projetada pra aproximar
O centro, são sebastião, o lago e o paranoá.
Desafogar o tráfego na região,
Visitantes de chegada nova opção,
Fique ligado, acompanhe passo-a-passo,
Condomínios luxuosos por todos os lados,
O congresso e o planalto colados,
Aqueles barracos ali ó, vão ser retirados.
A ponte é luxo, nada em mono só estéreo,
Mil e duzentos metros, louco visual aéreo.
Quem sobe é só pra regular a antena,
Reforce as pontes safena.

A ponte começou depois, mas terminou,
Bem antes que as obras do metrô.
Quem mora fora do avião,
Bate palma, aplaude, apóia,pede diversão.
A ponte é muito, muito iluminada,
O pôr-do-sol numa visão privilegiada!
O povo que passa vê nela algo místico,
A ponte virou ponto turístico.

Esse lugar é uma maravilha, no horizonte,no horizonte (2x)

A ponte é um vai-e-vem de doutor,
Tem ambulante, tem camelô.
Olha pra baixo vejo jet-ski e altos barcos,
Olha pra cima lá estão os três arcos.
A ponte saiu do papel virou realidade,
Novo cartão postal da cidade.
Um quer transformar em patrimônio mundial,
Outro num inquérito policial.
Então, então, então na sua opinião lenine,
Tá tudo normal ou existe crime?
Se souber um caminho de rocha me aponte,
(Lenine: Vai na fonte, vai na fonte!)
A ponte simboliza união, no nosso caso Brasília e sertão.
(Lenine: a ponte não de concreto, não é de ferro, não é cimento!)
É do vermelho, é do azul, é de cada elemento!
Leva o nome de JK,
Que transferiu a capital do litoral pra cá,
Ah, Lenine, peço mais um favor,
Conte a origem desse negro que se apresentou!
(Lenine: nagô,nagô, na golden gate).
(Lenine: Quem Foi?)
O projeto é do arquiteto Alexandre Chan.
(Lenine: pagaram??)
Todas as contas foram aprovadas pelo TCU
(Lenine: me diz quanto foi?!)
Cento e sessenta e quatro milhões de reais!

Sorte: Esperança?


Caro único leitor amigo, não sei ao certo a origem da crença que os insetos “esperanças”, aqueles grilos verdes, dão sorte. O que eu sei é que cresci ouvindo isso, e por mais que falte cientificismo nisso, não posso evitar de ter essa idéia em minha mente.

Nunca vejo esperanças. Realmente não me lembro a última vez que vi uma. Mas ontem algo inusitado ocorreu,vi duas esperanças e o mais esquisito é que uma delas me seguiu. Tudo bem que grilos não são cachorrinhos, mas digo que me seguiu por uns 500 metros.

Não pude evitar: joguei na sena pela primeira vez na vida. Quem sabe essa semana meus problemas não se resolvam.

Entretanto, caro único leitor amigo, já me consideraria uma garota de muita sorte se ganhasse na quina ou na quadra.

Se sumir daqui, já sabe: fiquei milionária.

segunda-feira, abril 27, 2009

Homem a nível de imóvel

Caro único leitor amigo, não sei se recorda que estou procurando um apê para me mudar. Isso faz uns dois meses e até agora nada. Coleciono visitas a lugares desagradáveis, imovéis inalcançaveis, pouco seguros ou ainda inadequados pela distância.

Hoje, pela primeira vez, vi dois apartamentos que me vi morando lá. Um tinha a varanda dos meus sonhos, tive um dejavu de me balançar na rede que teria ali. No outro parecia que eu mesma tinha feito a reforma e escolhido os armários, cores, persianas.

Mas qual é a conclusão? Ainda não tenho casa nova, eles não tem garagem. Resumindo, nada é perfeito sempre tem algum impecilho.

Dessa situação veio a conclusão de vida: Imóvel é igual a homem!!!
  • Imóvel velho = a homem velho: é fácil de achar, mas ninguém quer, já tá detonado e com cara de que já teve muitos donos.
  • Imóvel barato e simpático = homem simpático: tem muita oferta, no desespero você até moraria, mas não tem graça e nem dá vontade de ficar muito tempo.
  • Loft duplex ( psicina, sauna, espaço gourmet) = galã de cinema, gatão dos seus sonhos: você sonha com ele, vai olhar, faz os cálculos e vê que não tem cacife para bancar. E quando consegue um desses, pode ser despejada a qualquer hora.
  • Imóvel distante = namoro a distância: no começo tem o charme do bairro novo, a descoberta, a viagem parece até não ser cansativa, mas no final acaba que não dá certo, é cansativo, gasta muita gasolina e você começa a olhar a oferta que está perto.
  • Paixão a primeira vista: você vê tudo que sonhou nele, mas depois olha de novo e começa a ver que há muitos problemas que não aparecem a primeira vista e são sérios, encanamento comprometido, instalação elétrica com defeito, etc.
  • Apartamento sem garagem = homem aventureiro: ele é perfeito,vocês se diverte muito, vão nos lugares da moda, nunca conversam sobre problemas, mas não é seguro, um dia você sai com ele, se diverte, pensa que há como evoluir, mas ai ele some. É como o apartamento sem garagem, um dia ainda te roubam o carro.
  • Apartamento perfeito = homem quase perfeito: O apê não era dos seus sonhos, mas você consegue administra-lo, contas em ordem, sem estresse, e cada dia você gosta mais, a decoração vai deixando ele com a sua cara, você se acostuma com o barulho daquele taco solto, e começar até a achar o som afinado, e esse é o seu lar. E o namorado? ele é bonito, mas não é um princípe encantado, é divertido, estável e, mesmo que no começo você não tenha achado ele perfeito a primeira vista, você gosta dele a cada dia, acha mais qualidades, se sente mais a vontade.

Só não sei se é mais difícil achar o apartamento perfeito ou um namorado quase perfeito. E você caro único leitor amigo, que acha?

sábado, abril 25, 2009

O Trem vai

Lembranças tem mais de um sentido. Hoje tive saudades de uma época que acordar tinha aroma de café recém passado com pão-de-queijo assando.

Essa mistura olfativa marcou fases diferentes e maravilhosas da minha vida.

Posso lembrar do velho sobrado em minas com minha avó na cozinha. Ou domingos na casa que cresci. Ou uma outra casa em outro canto de minas que vivi uma história de amor louca. Ou, ainda, da primeira fornalha na minha própria casa.

Enfim, amanhã acho que vou comer pão-de-queijo com café, pena que não tenha mais a mesma magia.

"O trem do tempo apitou
E você ficou pra trás
Desembarcou na estação do passado
O trem do tempo partiu
E o destino me levou" Diogo Nogueira

quinta-feira, abril 23, 2009

Brasília

Brasília de adolescente imprudente passou a uma jovem senhora. Carrega na leveza de seu céu azul a certeza que amadureceu nesses 49 anos.

Perdeu parte de sua ingenuidade, mas não seus sonhos. Sonho de um futuro que chegaria.

Seus traços arquitetônicos convenceram que o modernismo chegou.

Em seu ventre gerou filhos de todas as raças, origens e sotaques.
Gerou mais que isso: recriou no plano central uma microesfera da sociedade desigual e classista que é o Brasil.

Contudo, não há nada que impeça que eu perca o fôlego e pense: “Meus deus, que cidade linda”.

De fato “ergueram o espanto inexplicado”.
O tempo discordou de Clarice: Brasília tem o homem de Brasília.
Alias, sua riqueza real é a sua gente. Povo trabalhador , desconfiado, tímido, excessivamente preocupado com a privacidade, que não sabe se cumprimenta, mas que quer saber da vida alheia.
Sou filha desse ventre, mas às vezes me revolto com sua criação superprotera.
Nós brasilienses queremos deixar o lar, mudar tudo: ter praia, gente mais aberta, mais opção de diversão, realidade social real.
Só que não é a mãe superprotetora que não nos deixa ir, ela nos criou para o mundo, somos nós que percebemos que temos um mundo em nosso lar.
Vamos para qualquer lugar, mas esse lugar não sai de nós.


“Brasília é construída na linha do horizonte. Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo. Nós somos todos deformados pela adaptação à liberdade de Deus. Não sabemos como seríamos se tivéssemos sido criados em primeiro lugar e depois o mundo deformado às nossas necessidades. Brasília ainda não tem o homem de Brasília. Se eu dissesse que Brasília é bonita veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia vêem nisso uma acusação. Mas a minha insônia não é bonita nem feia, minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. É o ponto e vírgula. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil: eles ergueram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério." Clarice Lispector.

Hillary Clinton cita o Brasil ao defender direito ao aborto no mundo

Manhã esquisita após acordar e ter sonhado que tinha quebrado 3 dentes da frente (visão dos infernos!!!) e o gatinho da academia ter dado em cima de mim – sou meu confusa com isso dos sinais, não sei se é só no sonho.

Enfim, sonho très bizarre...

Raramente me recordo dos meus sonhos, mas depois desse estou optando por não lembrar mesmo.

Terça foi aniversário de Brasília, estou procurando um tempo para escrever sobre meu objeto de amor e conflito.

Ontem, consegui perder meu celular de novo e achá-lo: estou começando a acreditar que realmente sou uma garota de sorte.

Enfim, eis que, as 8h30 dessa manhã sonolenta e nublada, meu dia é salvo com o artigo abaixo. Um pouco de bom senso pelas bandas do Tio Sam:

Hillary Clinton cita o Brasil ao defender direito ao aborto no mundo

Frace Press

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, mencionou nesta quarta-feira (22/4) o Brasil, ao defender o direito ao aborto e a decisão do governo dos Estados Unidos de financiar campanhas de planejamento familiar no exterior.


"Visitei hospitais no Brasil onde a metade das mulheres tinha seu bebê com uma alegria entusiasta e a outra metade lutava pela própria vida após um aborto frustrado", disse Hillary Clinton na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes.

Hillary respondeu dessa maneira a uma pergunta do legislador republicano Christopher Smith, ferrenho opositor do aborto, sobre se o governo tentava influenciar países da África e da América Latina em matéria de contracepção.


"Consideramos o planejamento familiar uma parte muito importante da saúde das mulheres e a saúde da reprodução inclui o acesso ao aborto que, a meu ver, deve ser seguro, legal e inusual", afirmou.


O Departamento de Estado anunciou em março a decisão de destinar uma quantia de até 50 milhões de dólares ao Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em 2009, sua primeira contribuição em sete anos para essa instituição que financia, principalmente, campanhas em favor da contracepção.”

Para você, caro único leitor amigo, que não é muito atento, sou a favor da descriminalização do aborto desde os debates na época da escola de padre. E olha que o público não gostava muito da minha opinião e tinham que apelar para não perder o debate. Mas “apelou perdeu”!!!

sexta-feira, abril 17, 2009

Jovens velhos e nem tanto

Luiz Caversan (Folha Online)

"
Encontro uma leitora-que-virou-amiga, dois anos depois. Mudou de curso na faculdade (caiu na armadilha do jornalismo...), estudou cinema um tempo no exterior, descobriu as pontes do Monet, permanece fiel às baladas, amores consistentes, aí vem a revelação:

- Estou ficando velha...

Sabe quantos anos tem a anciã da minha amiga?

22!

Sim, meros, doces, frescos e promissores 22 aninhos.

- Mas estou me sentindo velha, ué, nunca pensei que fosse envelhecer.

Bem-vinda ao clube, querida, disse, e em vez de azucrinar a cabecinha dela com aquele papo de "velho sou eu, você está na flor da idade, relaxa e goza, não me humilha...", fui por outro caminho.

- Olha, pois eu acho que eu nunca envelheci, embora meu corpo não concorde com isso. Eu tenho, há mais de duas décadas, uns 25 anos. É verdade, nada que é jovem me preocupa, assim como nada que é humano me surpreende (esta é do Turgeniev...).

Permanecer jovem sendo velho é aceitar essa diferença crucial que impede o entendimento da vida como ela é. O contrário, não sei, não...

Conversa vai, conversa vem, ela se revelando: encontrou um novo amor, quase um ano juntos, apaixonados, a ponto de ele baixar na cidade do exterior em que ela estava, só para vê-la; planos, muitos planos, morar juntos, ganhar o mundo, viver a vida, ser feliz daquele tipo de felicidade que na juventude é, ao menos aparentemente, a melhor coisa do mundo.

E ela me conta ainda que por causa desse relacionamento mudou, supostamente para bem, muita coisa de seu próprio comportamento, passando a ser mais responsável, consequente, menos transgressora e passando a perceber e respeitar seus próprios limites.

- Um amor que faz crescer, entende?

De repente a decepção: sei lá, mil coisas na cabeça do cara, estou confuso, acho que ainda gosto de uma outra lá que segundo ele tinha ficado na poeira da história, sei que vou me arrepender, mas c'est finit...

E lá se vai todo o encantamento, toda a perspectiva, o piso que sustentava a possibilidade de uma vida nova e bela, a caminho de um crescimento a dois, saudável e bom. Foi-se.

Dói, muito, humilha, destroça, enraivece, mas uma hora passa.

- Será que passa?

- Até uva passa, meu bem...

No entanto, deixa, sempre e inexoravelmente, resquícios.

Na hora da conversa nem pensei nisso, só me dei conta depois.

Ela ficou velha...

Ou pelo menos sente-se envelhecida, porque jogou toda a sua juventude nas mãos de um amor frustrado, que não teve a manha de entender a delicadeza, a fragilidade, a lindeza de sentimento que rola na cabeça de quem tem 22 anos e quer amar muito a vida que Deus lhe deu, ainda mais com uma paixão do lado.

Estava errado, o cara?

Talvez não, poderia ter sido mais cuidadoso, talvez, mas nem sempre isso adianta muito também

Tampouco está errada minha amiga.

Infelizmente, pode-se dizer a ela uma frase do Tolerância Zero: "Bem-vindo ao pesadelo da realidade, playboy", porque desilusão amorosa é, sempre, um pesadelo.

Minha amiga não é playboy, é garota inteligente que luta para ser alguém decente e de bem. Com certeza vai se tornar uma ótima jornalista e, "velha" aos 22, ainda tem muito tempo pela frente para descobrir que rugas, dores, amores e dissabores nos tornam, na possível capacidade de renascer, jovens para sempre.

Até depois dos 50, sabia?"

Caro único leitor amigo, ultimamente, eu estou velha com meus 25 anos...



quinta-feira, abril 16, 2009

Estrada Nova

Oswaldo Montenegro

“Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar

O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
O futuro agarra a sua mão
Será que é o trem que passou
Ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar”

Caro único leitor amigo, pode ter certeza que passa, tudo passa. Essa é uma verdade inegável.

sábado, abril 11, 2009

Lembra que o amanhã é todo teu

Feriado em sua cidade é uma receita para um tédio total. Muito pior é o meu caso que estou me recuperando de uma enfermidade.

Adorei usar o termo para não ter que explica o que de fato se passou!!! Pior q não estou assim doente de verdade...

Entretanto, terei que admitir que a verdade é que ando naqueles fases da vida entediantes. Nada de dramas mexicanos - felizmente - mas tão pouco novas aventuras.

Não há novidade, histórias, nada para rir e nem chorar.

Como já estoquei cotas de lágrimas nos últimos meses, espero contar com uma fase de: muitas risadas, piadas ruins, papos leves, fins de tarde de mãos dadas, fins de noites aquecidas, cheiro de café recém passado, casa nova para decorar, viagens...

Resumindo: toda uma nova fase entusiasmante.

Mas, caro único leitor amigo, não tem desespero não.

Já aprendi que não há crista em ondas sem o vale. E tem um detalhe quanto maior a amplitude da vale, maior o barato da subida.

Só que há também aquele caminho intermediário em que tudo é morno, porém nem por isso posso dizer que não esteja feliz.


Só posso dizer que não tédio que vença quando lembro que o amanhã é todo meu, plagiando a música do lulu santos - minha homoníma.


Para você caro único leitor amigo que de tão ignorante não sabe que já fui cantada em versa e prosa por figuras ilustres da world music, tais como boston, antônio marcos, taiguara, calcinha preta, felipe dilon (hahaha sem comentários). Deixo a única letra que gosto que leva meu nome:


Amanda

(compositor: João Otaviano Matos)

Sorrindo , Fazes brilhar as trevas
Chorando, Tu escureces o sol
Cantando, Tristeza não virá
Da vida, Guarda-se o de melhor
O tempo, Ensina qualquer dor
E o amor, Supera tudo enfim
Ternura, É o gesto de se dar
E tens, o dom de transformar
Dormi com pureza o teu sonhar
Sonha que outro dia vai chegar
Lembra que o amanha é todo teu
Amanda

terça-feira, abril 07, 2009

Sapatos inspirados no Cinema

Caro único leitor amigo, fiquei louca apaixonada!


A designer de sapatos Sarah Chofakian criou sua coleção de sapatos 2009 inspirados em atores, atrizes e filmes clássicos. É simplesmente um luxo.


Você quer um sapato Fairy Lady? Ou Marylin Monroe? Grant? etc



Uma loucura, inclusive os preços. Mas pelo menos o site não cobra a visitação. Por sinal, só o site já vale a visita, quanto mais a coleção.

segunda-feira, abril 06, 2009

A procura de um apê

Descobri porque tinha que está expresso na Constituição brasileira que moradia é um direito social!
Tudo que não existe no mundo real, os juristas acreditam que ao introduzir na constituição vão criar de fato.
Não há nada mais surreal que a descrição do salário mínimo: "salário mínimo capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social". Essa ai nem rindo.

A situação só fica pior quando se mora na ilha da fantasia, também conhecida como capital federal. Aqui é uma missão quase impossível achar um apartamento decente, bonitinho, pagável e no plano piloto (digamos em "downtown").

Tem 1 mês que procuro um apartamento para mudar, mas a dificuldade é maior para quem mora só e procuro um apê de 1 quarto. O oferta é minúscula e teríamos que nos contentar em morar em uns prédios conceito pombal com kits de 25 m².

Sou solteira, moro só e, ainda, sim quero cozinhar, lavar roupa e não ter que ficar ao mesmo em todos os cómodos da minha casa de 1 vez só. E nem receber visitas e convidar para sentar na cama, porque não cabe um sofá.

O pior que já fui visitar cada moquivo e que o aluguel daria para morar de frente ao mar no nordeste.

Nessa hora, bate aquela dúvida porque digo que quero morar nessa cidade?

sexta-feira, abril 03, 2009

Passado

Ontem passei uma experiência muito louca: a de não reconhecer alguém que já conheci muito profundamente.

Você convive com alguém, divide coisas profundas e ama essa pessoa profundamente. O tempo passa e, um dia, você olha a foto dela e não a reconhece.

Fisicamente em nada lembra aquele gato sarado que tirou seu fôlego quando você olhou a primeira vez. Não tem mais aquela doçura no olhar, envelheceu décadas em meses.

A pessoa parece ter se acabado: engordou uns 40 kgs, envelheceu 20 anos, perdeu parte do brilho do olhar, não está mais feliz, enrolou a vida, perdeu aquela inocência e todo aquele futuro promissor.

Não senti nada. Na verdade, senti compaixão, e não mais paixão.

Pensei: será que ele teria se transformado nesse homem se ainda estivéssemos juntos? Será que poderia me sentir atraída mesmo assim?

Não há respostas para perguntas com se.

Mas fico aliviada de não sentir mais tristeza e nem ter uma lágrima no olhar ao ver uma foto dele, mesmo com outra ao seu lado.

Eu estou feliz! Livre do passado e pronta para encarar a promessa de dias ainda melhores.

Porém, continuo a desejar tudo de bom para ele, torço para ele recuperar um pouco da pessoa que ele foi e que amadureça a pessoa que ele não poder ser.

quinta-feira, abril 02, 2009

Looking for something to believe in

Ioannidis Nikolaos


"Look for something to believe in, for a place to belong.
What I live is so below what I live my life for.
Small ideas in big package, loud talks from empty minds,
all appearances deceiving,
strive to see through walls of lies.

Holy men behaving badly. Heroes, idols all gone,
all the media creations not enough to turn me on.

Self appointed moral guardians try to teach me by force
to live by their own standards, ideals long bygone.

Small ideas in big package, loud talks from empty minds,
all appearances deceiving,
strive to see through walls of lies.

Look for something to believe in, for a place to belong.
Want to know why I'm here; Am I born to be alone?"

Cérebro tem sexo

Agora cérebro tem sexo? E o meu é masculino, apesar das minhas curvas acentuadas e das minhas neuras mulherzinhas.

Acho que isso explica meu ótimo senso de direção, facilidades com exatas e ser tão racional.

Pena que não explique porque choro vendo propaganda de margarina ou espero que alguém que quero me ligue com a força dos raios que saem dos meus olhos, ou, ainda, pergunte cem vezes se estou gorda mesmo sabendo q não tem como eu estar gorda.

Mais sobre nada do que tudo

Por incetivo de minha curadora, resolvi compartilhar com você, meu único caro leitor amigo, o pensamento mais profundo q tive neste dia:

"nada mudou desde há 1 min, ainda tenho saudade da epoca q PG não significava progressão geometrica de tédio".

quarta-feira, abril 01, 2009

De pernas para o ar

Fiz uma cirurgia semana passada, por conta disso, estou parecendo a atriz principal do retorno da múmia, sinto-me confinada na casa do BBB e faz quase uma semana que não saio de casa. Passo metade do tempo deitada, sem poder andar muito, ao mesmo tempo que tento ocupar a cabeça com atividades relaxantes para não ficar doida.

Com essa experiência conclui alguns fatos:

  • Poderia passar a vida sem trabalhar, desde que tivesse uma renda. De fato não senti falta nem 1 segundo de trabalhar;
  • Passar o dia vendo seriados e tv a cabo é muito bom. Pegar um box daquele seriado que a gente adora e não pode acompanhar a última temporada é uma alegria quase infantil. Agora estou me atualizando de LOST;
  • Gosto de malhar, estou morrendo de vontade de fazer exercícios, poder me movimentar tão freneticamente que minha cabeça esfazia-se;
  • Sem internet não dá para ser hermitão. O ser humano é um ser social, precisamos de contato com o mundo, nem que seja virtualmente.
  • Cuidado com a oferta de comida. Isso acaba com a boa forma de qualquer um, por isso, sou a favor de geladeira vazia e só comidas saudáveis em casa e em pouca quantidade para que a compulsão não tenha nem chance comigo.
  • Já li todas as revistas de fofocas dos últimos tempos e a conclusão é que muda ano, mês e tudo parece não mudar.
  • A maior saudade de todos os tempos é das baladas e claro dos amigos.

Caro único leitor amigo, é isso ai... em breve o retorno da modern girl e não da múmia.