quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Novo Seriado


2008: Ano Novo, Casa Nova, Trabalho Novo, Sentimentos Totalmente Novos...

Tudo Novo, De Novo...

Se 2007 foi um ano de reflexão, de revolta, com mais erros que acertos; 2008, já começou com muitas mudanças. Mudança trás mais que alegria, gera euforia, mas depois da euforia, vem a realidade... Nem sempre é triste, é mais um não-estado de espírito.

A vida é uma onda, e não há como chegar à crista sem passar pelo vale ou pelo menos ficar ali na base, no ponto 0. O problema é a que gente sente a descida, a volta a normalidade, fica ansiando a volta daquela alegria imensa, de voltar a sentir. O Estado de não-sentir é muito difícil.

De qualquer forma, ganhei cenários novos, novo par.. Entretanto, o que não muda é o existencialismo e a saudade, tão assimilada que nunca sai de mim.

Em breve, escrevo mais sobre o episódio piloto desse seriado.

Todas as Cartas de Amor são Ridículas

Estava aqui pensando em escrever uma carta de amor. Senti-me um pouco rídicula. Acho que Pessoa tinha razão, se há amor de verdade, a gente fica assim ... meio rídiculos.

Todas as Cartas de Amor são Ridículas
Fernando Pessoa/ Álvaro Campos

Todas as cartas de amor são
Ridículas.

Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)