domingo, abril 11, 2010

Uma questão de fé

Não sou uma pessoa de religião, dogmas ou crenças consolidadas e compartilhadas. Mas tenho muita fé. Não sei exatamente em que, mas diria que no ser humano, na evolução espiritual, no aprendizado, na bondade humana.

Por mais que vários episódios abalem minha fé, no final do tsunami, ela, ainda, está lá, persistente. Por mais que seja contraditório a primeira vista, tenho certo distanciamento seguro de tudo que não seja laico, mesmo que mantenha meu flerte a filosofia budista.

Então, se você, caro único leito amigo, me perguntasse em que guio minha vida, elencaria:

1) Ser feliz. Não consigo ver outro motivo para vida se não viver, este no sentido da felicidade. Não busco só a felicidade momentânea, mesmo que a aprecie também, mas no sentido mais amplo e verdadeiro.

2)Evolução espiritual. Não no sentido religioso, mas de crescimento da alma, desprendimento dos egoísmos e mesquinharias inerentes a nós seres humanos.

3) Meu corpo, meu templo. Se eu sou uma alma, e tenho um corpo, este é o templo em que habita essa energia. Tenho que respeitá-lo em todos os sentidos, em alimentá-lo para possibilitar a evolução da alma, interagir com pessoas de energia positivas, fazer a manutenção para sua longevidade.

4)Poder ser incoerente. Por mais que goste de ter princípios que me guiem, gosto mais de poder, mesmo que não o faça necessariamente, quebrá-los. Se quiser fumar, mesmo que acredite que cigarro é mal, posso fazê-lo. Se quiser comer gordura trans, mesmo repetindo que isso é uma agressão, me deliciarei com um bolo de chocolate.

Enfim, acredito em muitas coisas, mas acredito mais, ainda, em liberdade.