quinta-feira, agosto 30, 2007

Posso ser freira sendo agnóstica?

Cansei dos homens. Devia está escrevendo para o blog Homem é tudo palahaço. Mas ao invés disso, tô aqui pensando se posso ir pra clausura sendo agnóstica. Caro único leitor amigo acha que sou louca? Ás vezes tenho que concordar, mas depois do palhaço você é bonita demais para mim, palhaço conquistador de meia tigela, palhaço tenho outra namorada, palhaço socialista, palhaço não quero nada com você, mas te quero por perto....

Cansei de citar os atuantes no picadeiro. Então, paro para refletir se não deveria parar de procurar um cara legal, engraçado e interessante, e ir logo para clausura. Já dizem que errar é humano, e repetir o erro é burrice. Então, sou burra mesmo.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Pelo direito ao silêncio


Protesto!!!!
Pelo Direito ao Silêncio!
Respeitem a necessidade do silêncio....

quarta-feira, agosto 15, 2007

Hurricane




Às vezes, gosto de não acreditar em coincidências. Essa órbita inexplicável que movimenta o universo. Situações escolhem você. Hoje, lembrava do discurso do Martin Luther King, postado abaixo. Não sei por qual razão, mas pensei no dia quando ainda criança ouvi esse discurso. Como aquelas palavras me tocaram, me fizeram desejar ser a mudança que quero ver no mundo, como já dizia Gandhi.

Então, quase sem querer assisti, sem muitas pretensões e mais por falta de opções, ao filme “Hurricane”, apesar da originalidade não ser marcante, ainda me toco por histórias de fórmulas simples e essência verdadeira. Mesmo que sejam e devam ser em certa medida previsíveis.

Hurricane - Bob Dylan

(…)
Yes here comes the story of the Hurricane
The man the authorities came to blame
For something that he never done
Put in a prison cell but one time he could-a been
The champion of the world.
(…)

An innocent man in a living hell
That's the story of the Hurricane
But it won't be over till they clear his name
And give him back the time he's done
Put him in a prison cell but one time he could-a been
The champion of the world

Hurricane - O Furacão (1999)
Direção: Norman Jewison
Elenco:
Denzel Washington(Rubin "Hurricane" Carter)
Vicellous Reon Shannon (Lesra Martin)
Deborah Unger (Lisa Peters)
Liev Schreiber (Sam Chaiton)
John Hannah (Terry Swinton)
Dan Hedaya (Detetive Vincent Della Pesca)
Debbi Morgan (Mae Thelma)

Sinopse: Em junho de 1966, Rubin "Hurricane" Carter era um forte candidato ao título mundial de boxe. Entretanto, os sonhos de Carter vão por água abaixo quando três pessoas são assassinadas num bar em Nova Jersey. Indo para casa em seu carro e passando perto do local do crime, Carter é erroneamente preso como um dos assassinos e condenado à prisão perpétua. Anos mais tarde, Carter publica um memorial, chamado "The 16th round", em que conta todo o caso. O livro inspira um adolescente do Brooklyn e três ativistas canadenses a juntarem forças com Carter para lutar por sua inocência.
- Recebeu uma indicação ao Oscar, de Melhor Ator (Denzel Washington).
- Venceu o Globo de Ouro de Melhor Ator (Denzel Washington) e foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme em Drama e Melhor Diretor.
- Ganhou o Urso de Ouro de Melhor Ator (Denzel Washington) e o Prêmio do Júri no Festival de Berlim.

Eu tenho um sonho...

Ainda me lembro a primeira vez que ouvi a gravação desse discurso...

Martin, eu tenho vários sonhos, mas nunca conseguirei falar sobre eles como você naquele dia de agosto de 1963.


E você, caro único leitor amigo, tem um sonho?



EU TENHO UM SONHO
Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)

" (...) Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.


Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.


Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.


Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.


Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter.



Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!



Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.



Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.


"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.


Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,


De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"


E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.


E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.


Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.


Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.


Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.


Mas não é só isso.


Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.


Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.


Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.


Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.


E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal. Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

terça-feira, agosto 14, 2007

Por que nos pedem para abandonar nossos sonhos?

“Nossos sonhos, mesmo aqueles inatingíveis, merecem ser cultivados e divididos. Assim, quem sabe, eles se tornem possíveis.” Rubem Alves



"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!"
Das Utopias - Mario Quintana


"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." Fernando Pessoa

segunda-feira, agosto 13, 2007

Sem nada a dizer...


Cansei...

Queria fazer uma lista do que cansei.

Só que cansei disso também.

De volta a vida como ela é...

e os homens como são palhaços...

Os seres humanos

"Só existe uma outra espécie de seres vivos iguais ao homem, que destrói tudo à sua volta, muda-se para outro lugar, destrói novamente, e vai se mudando, deixando atrás de si um rastro de destruição. Esses seres semelhantes ao homem são os vírus". Matrix

Dever, Querer ... Ser

O mundo nos reflete antagonismos e paradoxos. Novidade? Nenhuma. Então, por que nós, eu e você, único caro leitor amigo, ficamos nos perguntando o porquê de sermos diferentes do que queremos ser e com certeza diferente do que deveríamos ser.

A filosofia do Direito adora contrapor o Ser e o Dever Ser, Kant o fez com propriedade, Habermas não nos permitiu esquecer.

Se as obrigações, sejam advindas de leis morais, sociais ou escritas, nos condenam a uma existência previsível, então a razão determinaria infalivelmente a vontade, as ações de um ser. Isto, necessariamente, implicaria que a vontade fosse faculdade de escolher só aquilo nos é permitido e ofertado como opção. Esse é o mundo ariano do Dever Ser.

Entretanto, a razão só por si não determina suficientemente à vontade. Daí surge: a liberdade, a complexidade e até as angústias do homem, mas também traz em si a magia dessa raça. Temos o círculo do Ser, esse sim é bastante interessante. Plagiando Nelson Rodrigues: “a vida como ela é”, sem véus e moral.

Entretanto, há um mundo onírico que me interessa muito mais: o Querer Ser...

Assim, somos forçados a encarar o implacável e inevitável niilismo da trilha Ser e Dever Ser, mas sempre atordoados e frustrados pelo Querer Ser. Nada mais humano que a dúvida e a frustração. Tentamos nos livrar dessas redes, mas como em círculos sempre voltamos em algum momento a elas... doces venenos.

Então caminhamos, constantemente, na construção e decomposição do “eu”, agindo vezes como mais uma peça da engrenagem social de um mundo pré-concebido e previsível, vezes como libertinos, na sensação que somos senhores de nosso destino, defensores de nossos ideais, apreciadores da esquecida e subjugada vida.

Penso muito no papel do Querer ser e em como sua concretização não depende só de nossas decisões e ações, como o universo parece ter uma lógica própria e independente dos egocêntricos seres humanos.

Então, caberia a presença do destino, roubo do árabe a expressão maktub (estava escrito), no que já veio traçado. Porém, essa me parece uma análise simplista da realidade.

Acredito que a razão, a paixão e a sociedade modelam nosso Querer ser, transformando no Ser. Assim, posso eternamente tentar me equilibrar na corda bamba entre o ser e o querer ser, ou pender para a frustração ou apatia de um dos lados.

De alguma maneira sádica, gosto da frase: “as coisas ou eu sou assim, o que eu posso fazer?”. Posso aceitar ou posso lutar para mudar, ou ambas das coisas. Sempre enfrentamos o fato de para ser alguma coisa temos que não querer ser tudo ao mesmo tempo – parafraseando Tristão de Ataíde.

Contudo, o que há de errado em querer ser tudo ao mesmo tempo? Você, caro único leitor amigo, vai achar milhões de motivos racionais, mas eu só vejo que não há como não querer ser tudo ao mesmo tempo.

Já dizia Fernando Pessoa, que de tão gente como a gente, negou tudo, para afirmar o mesmo sentimento:

“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim
todos os sonhos do mundo.”

Só sei que voltei a querer ser muitas versões de mim mesma e assim tenho todos os sonhos do mundo internalizados em mim. Nessa eterna encruzilhada. E nessa hora, parece só haver Vinicius, ah, como exprime tão bem o meu inexprimível...


O Haver
Vinicius de Moraes


Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura

Essa intimidade perfeita com o silêncio

Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo- Perdoai-os!

porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo

Essa mão que tateia antes de ter, esse medo

De ferir tocando, essa forte mão de homem

Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos

Essa inércia cada vez maior diante do Infinito

Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível

Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento

Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade

Do tempo, essa lenta decomposição poéticaEm busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio

Numa catedral em ruínas, essa tristeza Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria

Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza

Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido

Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa

Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado

De pequenos absurdos, essa capacidade

De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil

E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza

De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser

E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa

Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar

De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade

De aceitá-la tal como é, e essa visão Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior

De mundos inexistentes, e esse heroísmo

Estático, e essa pequenina luz indecifrável

A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos

De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória

Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade

De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade

Pelo momento a vir, quando, apressada

Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante

Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto

Esse eterno levantar-se depois de cada queda

Essa busca de equilíbrio no fio da navalha

Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medoInfantil de ter pequenas coragens.

sexta-feira, agosto 03, 2007

HOMEMÚSICA de Michel Melamed


“Antes de tudo, a Música (...) E todo o resto é literatura.”Paul Verlaine – Arte Poética

Michel funde as linguagens: Poesia, teatro, arte-tecnologia, humor, projeções em vídeo, música. Tudo se canaliza em único corpo para provocar na platéia o desejo de pensar a respeito do que se está assistindo. Mesmo que a velocidade das cenas nos atordoem, ainda dá para pensar, rir e ficar atônito.


Baseado no romance homônimo e inédito (com lançamento previsto para o segundo semestre pela Editora Objetiva), o espetáculo completa a TRILOGIA BRASILEIRA iniciada com os espetáculos Regurgitofagia e Dinheiro Grátis.


HOMEMÚSICA conta a história de Helicóptero, um jovem brasileiro com um dom único: cada parte do seu corpo emite o som de um instrumento musical. Porém, não confie muito no otimismo de Helicóptero, rapaz que consegue tirar som específico de cada parte do corpo. Com guitarra em punho e banda afiada na cozinha, ele comanda o show que aparentemente exalta a música brasileira.

A cara de ode à maravilha rítmica esconde sentimento ferrenho ao país que coleciona ao menos 10 barbaridades contra seu povo expostas todos os dias nas páginas dos jornais.

Michel Melamed vai pôr frente a frente esses dois estados antagônicos de sentimentos para criar paradoxo que impulsione uma reflexão. “Estou dividido entre o Brasil que amo e o que não suporto. O Brasil das milhões de maravilhas, da música rica que gera orgulho. O Brasil das máfias em todos os segmentos, da violência diária na qual qualquer um chuta qualquer um e nada acontece.” Na verdade, ele alimenta um tipo de paixão platônica pelo Brasil, o venera, só que esse país só lhe FODE.

“Podia ser em qualquer direção que o sentido seria um só. Os paus-de-arara, ônibus, carroças e caminhões, todos atravessam o país sem fazer cócegas, carinho ou cicatriz. O mapa parece intocado apesar do trajeto incessante. Como um carrinho de mão por sobre a terra este rastro deveria ficar marcado, este percurso merecia se fundir ao chão, afundá-lo. Essas estradas que ligam o norte e o sul do país, pelas histórias que carregam, deveriam estar abaixo do nível do mar.

Mas não é assim que banda nenhuma toca. E é por isso que tem cidade grande e cidade pequena. Tem a cidade que manda e a que corre atrás da bolinha, traz os chinelos. É cidade catando migalha, cidade de quatro pra cidade, chupando o pau de cidade, tomando cascudo e vomitando sobre a outra que agradece dada a penúria. E maioria em volta em silêncio. De vez em quando o som das rodovias rompe esse silêncio, mas não muda nada não. Porque as cidades estão só brincando, são como crianças. Crianças perversas maltratando-se umas às outras. Daí tem a cidade maiorzona, desengonçada e má, que bate em todo país, mas que mais dia menos dia vai levar porrada de todas juntas ou de uma pequena, que então vai virar herói e namorar a cidade mais bonita daquela região...”

Por isso, Helicóptero nascido no interior de um destes Brasis, a fim de fazer-se cumprir como artista ele ruma ao Sul-Maravilha para participar do programa de tevê que possui 100% da audiência nacional: o ‘Show do Estupra’ – a mera lembrança do Caldeirão do Huck não parece coincidência acidental.
As coisas, porém, não acontecem como o imaginado e, ao invés do reconhecimento, ele encontra o amor e, então, o desamor...

Ah, o AMOR, esse perfeito, grande e único amor... Invenção romântica que tem seu fim apressado pela crença que a tudo resiste e supera: traição, ciúme, verdades, ao seu verdadeiro eu, e sim, caro único leitor amigo, as provas de amor. Tudo só apressa o fim desse amor, pois esse é falível e como o é... Então, o desamor...

Em suma, o Homemúsica é uma carta de amor e de repúdio ao Brasil. Perpassando por questões das riquezas humanas e dos problemas brasileiros, acentuados pela falta de desesperança de deu povo.

O espetáculo foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz.

Ficha técnica:
Elenco: Michel Melamed (guitarra, voz, texto, canções, direção), Lucas Marcier/ Estúdio Arpx (baixo, sampler, direção musical), Roberto Silva (trombone), Murilo O´Rellly (percussão) e João Di Sabatto (bateria).


Comentário adicional que talvez você, caro único leitor amigo, dispense:
Michel Melamed é um show em todos os sentidos...