Havia bastante tempo que não tinha vontade de escrever, mas hoje acordei diferente,a necessidade de externar o que pensava foi crescendo em mim e um pouco antes de deixá-la explodir , sentei-me de frente a uma tela em branco.
Poucos minutos depois, essa lauda já tinha vida, histórias, sentimentos e confusões mentais. Os últimos meses foram serenos, mas ao mesmo tempo melancólicos. As férias efervesceram esse período de calmaria, no entanto, depois que passaram deixaram um certo vazio. O desejo de estar em outro lugar ficou, mas os velhos sentimentos e dilemas permaneceram.
Faz uma semana que estou com bastante tempo livre em função de uma licença médica. Ocasião que fui surpreendida por um convite do passado a visitá-lo, na hora o coração encheu-se de ilusão, porém em face das limitações momentâneas, não pude ceder ao impulso de vê-lo. Agora percebo a sabedoria do tempo. Após compartilhar a minha situação atual, ele não ligou para saber como estaria, simplesmente não se preocupou. Eu na situação inversa, teria imediatamente o contatado para saber se está bem, saudável ou até mesmo feliz.
Ao refletir sobre a atitude dele, percebi que não há como ter ilusões a seu respeito, ele continua muito egoísta. Por que quereria alguém assim ao meu lado? Não há lógica emocional, muito menos racional.
Fiquei pensando como há pessoas que têm almas antigas, elevadas espiritualmente de forma incompatível com o tempo cronológico de vida, enquanto outras não apreendem com as experiências vividas, essas pouco acrescentam em sua capacidade de compreender o mundo de forma empática.
Considero-me, ainda, uma alma jovem, pela urgência em viver, a presa de realizar, a impaciência para alcançar. Mesmo assim vejo a ingenuidade que vive em mim, especialmente, quando não apreendo a esquecer ou insisto em criar expectativas...