domingo, setembro 27, 2009

Oportunidade

Apesar de não ser uma pessoa religiosa, sou uma pessoa de fé. Acredito no ser humano, na bondade, na evolução espiritual...

Hoje ouvi uma frase que me tocou de alguma forma:

Quando se pede a Deus algo, será que ele te dará isso ou te dará oportunidades para alcançar o que você quer?

quinta-feira, setembro 24, 2009

As paixões virtuais

Quem me conhece um pouco, sabe do meu gosto pouco diversificado para a beleza masculina. Eles são barbudos, homem-tipo-macho, um jeitão calado, um olhar doce e um sorriso desconsertado. Não tem jeito aparece um barbado e dai vão os cutucões das amigas e uns entre-olhares.

Não sei exatamente de onde surgiu esse padrão. Algumas pesquisas indicam que as mulheres buscam homens parecidos com seus pais, e os rapazes com as mães. O que até faria sentido no meu caso.

No entanto, nos últimos tempos, só me apaixono subitamente por seres imaginários.
Caro único leitor, não são duendes. Essas pessoas são virtuais. É um dono de perfil no orkut com uma foto expressiva e comunidades interessantes, ou um escritor que me identifico com os textos, um personagem de um livro, um cara que vi na padaria enquanto lia um livro curioso, um motorista que cantarolava minha música favorita no carro ao lado nos 2 minutos que o semáforo estava fechado.

Não sei o que essas situações presentam. Talvez o resultado de uma separação traumática. Mas já estou cansada dessa clausura amorosa. Só não sei se o medo das pessoas reais passou.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Até dançar mal faz bem

Passei uns dias meio pesada, decepcionada com o universo e desanimada para a vida diária. Mas se as coisas não terminaram bem é porque, ainda, não terminaram de verdade. Essa pode até ser uma visão pollyana da vida, porém há inúmeras maneiras de encarar as dificuldades da vida e eu escolhi ser feliz como objetivo final, para isso, temos que superar e não supervalorizar os sofrimentos.

Caro único leitor amigo, sabe como percebi que as nuvens escuras foram embora? Dançando.

Acho que não comentei, mas tenho feito aulas de dança, especificamente forró. Justamente, hoje voltei as aulas, e de repente estava cantando a letra da música, fazendo mil giros e sorrindo. A dança tem essa capacidade imensa de dar leveza a vida.

Eu adoro dançar, independente de dançar bem, até os passos dados errados com um espírito aberto fazem bem a alma.

terça-feira, setembro 08, 2009

Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas?

Tenho algumas teorias que guiam minha vida cotidiana. Não são muito complexas, nem religiosas, talvez uma visão ingênua e até simplista do mundo.
Acredito que gentileza gera gentileza. Por isso, devo fazer boas ações, coisas simples: dá passagem ao carro da frente, não jogar papel no chão, dizer bom-dia, sorrir, não tratar com indiferença o menino que pede esmola, não magoar os outros de propósito, não revidar mesmo que me ataquem, pedir perdão se errar e perdoar sem pedidos de desculpas.
Creio que viver é a arte de ser feliz e de minimizar o sofrimento. Uma afeita ao budismo, mesmo que uma atéia praticante com um lado espiritual.
Sou uma pacifista kantiana.
Acredito no ser humano. Uma visão rousseauniana da natureza humana.
Mesmo que algumas situações tentem abalar essa percepção, continuo tentando me manter uma pessoa que acredita.
Acredito que há algum sentido no universo e que ações geram reações. Por isso, coisas ruins não deveriam acontecer com pessoas boas.
Mas acontecem. E aconteceu comigo.
Não fico revoltada com os fatos, mas com o universo. Quero acreditar ainda, mas por que coisas ruins acontecem com pessoas boas?

domingo, setembro 06, 2009

Tem gente que é triste e não sabe

Tem gente que é feliz e não sabe.

Só que também tem gente que é triste e não sabe. Já fui dessas pessoas, só que ai li pela primeira vez sobre a depressão.

Então, sabia que tinha depressão, mas era saudade do que não vivi e das pessoas que não conheci.

Vivia muito bem com minha pseudo-depressão até ler Drummond pela primeira vez.

Percebi que me enganara, eu era a própria ausência assimilada.

Mas agora esperava por aquela pessoa que não conheci e que, ainda assim, fazia o peito apertar de tanta saudade.

Quando me apaixonei tudo mudou: a saudade passou, a depressão inexistia, ausência foi preenchida.

Simplesmente vivia, ria e sorria... Até que o amor dele acabou.

Eu padeci e dessa vez era depressão, mas me recusei a aceitá-la.

Pouco a pouco voltei a viver e a sorrir.

Só que hoje sei que o tempo não compra passagem de volta.

Tenho lembranças e não saudades.

Sutilmente

Sutilmente - Samuel Rosa e Nando Reis

"Quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce"

Caro único leitor, e quando estiver calada, simplesmente fique em silêncio ao meu lado.