domingo, novembro 29, 2009

Kama Sutra

Certa vez me disseram que tudo que começa com rela é difícil. Acredito eu que faziam referência as palavras: relacionamento e relação. Porque neste caso, seria preciso. Já que rela-rela, de difícil nada tem nada.

Mas hoje ao lembrar disso, acho que relacionamentos não são difíceis, só são ciclícos:

Primeiro, é a cama em breve.

Depois, o kama sutra.

No final, a cama surda, quando não encoma.

Jorge Drexler - Soledad

Soledad,
Aqui están mis credenciales,
Vengo llamando a tu puerta
Desde hace un tiempo,
Creo que pasaremos juntos temporales,
Propongo que tú y yo nos vayamos conociendo.

Aquí estoy,
Te traigo mis cicatrices,
Palabras sobre papel pentagramado,
No te fijes mucho en lo que dicen,
Me encontrarás
En cada cosa que he callado.

Ya pasó,
Ya he dejado que se empañe
La ilusión de que vivir es indoloro.
Que raro que seas tú
Quien me acompañe, soledad,
A mi que nunca supe bien
Cómo estar solo.



sábado, novembro 28, 2009

Só me falta o gato

Caro único leitor amigo, tenho estado solitária na última semana. Não sei exatamente o que me trouxe essa ausência presente. Mas os indícios não são bons: dois dias seguidos que vou ao cinema sozinha. Mesmo que os filmes tenham sido incríveis, isso não é bom sinal.
Observo os cinemas: vários casais, grupos de amigos, pais e filhos. O número nada representativo de pessoas desacompanhadas costumam ser de senhoras de meia idade.
Sempre penso nessas senhoras e em uma específica. Essa senhora mora em um apartamento grande demais para apenas sua própria presença, mas cheio de quinquilharias: lembranças de viagens, a maioria de outras pessoas; fotos antigas, inclusive de pessoas que já se foram; móveis herdados de parentes mortos e comprados na juventudes; plantas, muitas plantas; um cheiro de guardado que não desimpreguina; vários bolos feitos por ela mesma; e um gato ou até vários deles.
Não gosto de gatos, mas ando temendo vir a ser essa senhora.
Será que me só me resta comprar um gato?

segunda-feira, novembro 23, 2009

Sou analfabeta

A cada dia que passa tenho mais certeza que não sei ler pessoas. Você, caro único leitor amigo, me pergunta o que seria ler pessoas. Te digo que quando lemos interpretamos todo um novo enredo, conhecemos um universo, compreendemos sinais e perspectivas.
No entanto, eu ofusco a interpretação que tenho das pessoas. Mas isso não ocorre sempre, só quando são homens pelos quais me interesso. Apesar desse grupo estar em um número extremamentente reduzido nos últimos tempos, um dia desses cruzei com um certo moço que fez minhas percepções fossem alteradas.
Muito atraente para o meu gosto peculiar, interessante no seu molde cult-alternativo, ao mesmo tempo que fofo. Nos encontramos duas vezes, parecia tudo agradável e com sintonia. Por isso, resolvi seguir os conselhos de fazer o que nunca faço que é tomar um pouco de atitude e não ficar dando uma de mulherzinha.
Como ele havia perguntado como estava minha agenda naquela semana, entendi que ele queria me ver de novo, por isso e só por isso, achei que tinha abertura para convidá-lo para sair no dia seguinte. Então, liguei, ele pareceu surpreso, mas interessado na proposta que foi aceita. Ele ficou de ligar no outro dia para definir o lugar.
Passei o dia ansiosa, esperando a bendita ligação. Caro único leitor amigo, para minha surpresa, ela nunca foi recebida.
Conclusão, eu não entendi nada da leitura que fiz dele. Porém, apesar do mal ao ego, captei bem o fora que levei.

sábado, novembro 14, 2009

Vida louca, vida...

A vida anda me surpreendendo.

Quando tudo parece óbvio, cotidiano, prevísivel, um encontro até mesmo corriqueiro inclui novas cores e traços não antes previstos a essa vida louca.

Isso é o fato mais belo da nossa existência, enquanto temos essa pretensão de que navegamos
nosso caminho, até mesmo uma suave brisa pode mudar o sentido em que somos guiados.

Os dados foram jogados novamente, veremos os resultados...

terça-feira, novembro 03, 2009

Procrastinar

Acho que é inerente do ser humano, mas muito nítido em mim mesma, a tendência a postergar, ou, no estrangeirismo, procrastinar. Basta eu ter muitas atribuições que minha vontade é deixar para depois, ver um filme, navegar na internet, ler futilidades, escrever no blog...
Essa variável é inversamente proporcional ao nível de coerção. Se vejo que não serei repreendida pelo não cumprimento da tarefa no prazo, deixo para mais tarde. O problema é que sou muito "pequena burguesa", então, no último segundo, me desespero e vou correr para cumprir o prazo. Resultado: estresse.
No entanto, você, caro único leitor amigo, pode adivinhar o que me faz querer muito fazer algo sem deixar para depois? A novidade.
Toda aquela perspectiva de um novo mundo é muito estimulante. Pena que a maioria das coisas perde o encanto muito rápido.

domingo, novembro 01, 2009

Meu mundo é hoje

“Meu tempo é hoje, eu não vivo do passado, é o passado que vive em mim” Paulinho da viola