terça-feira, junho 30, 2009

Essa é não mais uma carta de amor, são pensamentos soltos...

A vida prega algumas peças na gente. Temos aquela falsa sensação que temos controle sobre o que nos acontece. Mas é só acontecer algo totalmente inesperado que tomamos consciência que controle nada tem a ver com viver. Surpreender-se tem maior proximidade com a realidade.

Foi exatamente isso que me ocorreu. Uma pessoa que pensei estar totalmente fora da minha vida, tanto em termos de laços quanto geográficos, bateu a minha porta.

Eu que por tantas vezes durante tantos meses havia ensaiado diversas reações - raiva, mágoa, amor, paixão, tesão - num pseudo reencontro que nunca ocorreu, reagi da única maneira que não imaginava.

Talvez, porque já havia aceitado que esse encontro não ocorreria mais, por mais que o houvesse desejado mais que tudo.

Pois, também, pela primeira vez em muito tempo, estava simplesmente deixando passar, e muito havia passado.

A doçura e a tristeza foram constantes, mas a pele não respondia mais, o beijo não tinha mais o mesmo gosto nem efeito. Amigos com ar que não poderíamos ser só amigos. Um constrangimento confortável, nos conhecíamos demais para sermos estranhos, mas já havia passado tempo demais para, ainda, termos a mesma intimidade.

Achei que havia um sentimento, contudo existia outro, mais terno, com ar de que ainda sim poderia ser amor, mas não era mais.

Muita coisa falamos, muita coisa sentimos, devaneamos sobre um futuro que tinha tudo para ter sido, mas nunca será.

No entanto, não foi um novo capítulo dessa história, nem foi um final, o fim já havia sido, só nós dois não tínhamos certeza disso.
Foi a tristeza de rever uma foto antiga de um momento muito bom que acabou e a felicidade de saber que vivemos aquilo.

O caminho da redenção daquela história foi completada, sem magoas, com um bem querer enorme, com várias lágrimas no olhar, mas a esperança de agora, finalmente, poder seguir em frente.

sexta-feira, junho 26, 2009

As prisões do mundo: a culpa

Como diria minha mãe sobre mim: "Essa menina tem uma teoria barata sobre tudo nesse mundo".

Admito que melhorei muito com o tempo, já consigo não opinar sobre muitos assuntos, apesar de, ainda, ter grandes dificuldades de disfarçar minha cara que sempre entrega o que penso.

Porém, hoje não resisti, e mais uma vez estou aqui com as minhas teorias holísticas sobre o nada. A teoria versa sobre uma das problemáticas do mundo pós-moderno.

Caro único leitor amigo, não sabe qual é esse problema? Diria que é a culpa. Vivemos sempre culpados.

Culpados porque não estudamos o suficiente. Não nos divertimos o que devíamos. Ganhamos menos que esperávamos. Trabalhamos mais do que queríamos. Amamos menos do que sentimos necessidade. Fazemos menos atividades físicas. Somos menos solidários do que o mundo precisa. Comemos mais errado do que almejávamos. Não conquistamos o emprego dos sonhos. Temos menos amigos. Viajamos menos do que planejamos. Não conhecemos os 5 continentes. Não cuidamos o suficiente da aparência. Encontramos menos as pessoas que amamos do que desejamos.

Enfim, não estamos vivendo intensamente a loucura da vida, nem contribuindo para a evolução da raça humana.

Enquanto nos culpamos por não termos tempo nem proatividade suficiente. O tempo passa, e temos menos tempo ainda...

domingo, junho 21, 2009

O armário de Darwin

Hélio Schwartsman*

Aproveito a edição de mais uma parada gay para arriscar alguns comentários sobre liberdade, intolerância e ciência.

Durante muito tempo, a esquerda em geral e a correção política em particular elegeram certos ramos da ciência, em especial a sociobiologia e a psicologia evolucionista, como inimigos mortais. Bastava alguém invocar a seleção natural para tentar explicar algum comportamento humano que a tentativa era logo denunciada como "reducionismo biológico", "darwinismo social", "animalização do ser humano", "medicalização" e outros qualificativos pouco abonadores. (É claro que muita besteira foi e ainda será dita tendo como base a moldura evolucionista, mas daí não se segue que o modelo teórico esteja sempre equivocado.)


Não é sem surpresa, portanto, que agora se constata que o movimento gay, talvez o mais legítimo representante da cruza entre o pensamento de esquerda e o politicamente correto (PC), está abrindo o armário de Darwin e flertando com algumas das explicações biológicas para o homossexualismo.

Adoraria ser o primeiro a cumprimentar o movimento GLBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais), agora rebatizado LGBT em deferência ao público feminino, por ter se despido de seus preconceitos ideológicos e aceitado que genes são uma parte importante da (vamos lá, vou proferir o palavrão) natureza humana. Receio, entretanto, que a mudança de atitude se deva mais a cálculos ditados pela agenda política do que a franca reflexão.


O raciocínio que parece motivar o LGBT é mais ou menos o seguinte: se o homossexualismo tem raízes biológicas, ele não pode ser qualificado simplesmente como "opção"; seria antes uma "orientação", a qual, se não constitui um destino fatídico, de algum modo participa da natureza do indivíduo, não podendo ser modificada a seu bel-prazer. O objetivo é combater os discursos francamente homofóbicos que definem o homossexualismo ou como uma escolha moralmente errada ou como uma doença que possa ser curada através de terapia ou exorcismos.

Não há dúvida de que estas são teses bisonhas. Se me fosse dado "curar" alguma coisa, eu curaria a humanidade de certas visões religiosas que não admitem que pessoas possam pensar e agir de forma diferente daquela recomendada em livros escritos dezenas de séculos atrás. Parece-me um equívoco, contudo, atrelar o combate à homofobia a uma teoria científica.

Para começar, a ciência está calcada em hipóteses que podem por definição ser refutadas a qualquer momento. Vamos supor que o fundamento lógico para eu recusar a discriminação contra gays resida na "evidência científica" de que o homossexualismo tem componentes genéticos. Imagine-se agora que alguém demonstre de forma insofismável que tais evidências estavam erradas. O que ocorre neste caso? A discriminação fica legitimada?

Não é preciso puxar muito pela memória para lembrar que movimentos por direitos civis e "ciência" (sim, ela é uma atividade humana como qualquer outra e, enquanto tal, caminha ao sabor de circunstâncias políticas e constructos sociais) já estiveram em lados diferentes das trincheiras. Até 1977, a Organização Mundial da Saúde listava o homossexualismo como uma doença mental. Não sei se recomendava ou não o exorcismo, mas certamente autorizava psiquiatras a tentar a "cura".


E vale lembrar que a reconciliação entre o LGBT e o evolucionismo ainda está longe de ser total. Basta alguém lembrar que, do ponto de vista da seleção natural, o homossexualismo soa em princípio como uma péssima estratégia, um equívoco mesmo, dado que são mais do que remotas as chances de os genes passarem para a próxima geração, que os gays voltam a torcer o nariz para a ciência. É claro que homossexuais exclusivos não se reproduzem (apesar de, a cada versão da parada, os organizadores anunciarem um público sempre maior), mas não faz muito sentido confundir sucesso reprodutivo com sucesso pessoal. É verdade que os interesses dos genes e do indivíduo que os carrega normalmente coincidem, mas nem sempre. Em termos humanamente pragmáticos, se o gay está feliz com a vida sem filhos que leva, pior para os genes.


Todas essas dificuldades se resolvem se renunciarmos à ideia de que nossas intuições morais devem estar apoiadas em juízos científicos. Trocando em miúdos, devemos combater a homofobia não porque o homossexualismo seja natural ou genético (ou uma construção social, tanto faz), mas simplesmente porque duas ou mais pessoas adultas agindo consensualmente têm o direito de fazer o que bem entenderem entre quatro paredes. O combate à homofobia, ao racismo, ao chauvinismo e a vários outros ísmos de que não gostamos se justifica porque consideramos moralmente errado discriminar com base em orientação sexual, raça e origem, não porque existe uma proibição de fazê-lo inscrita na natureza.

Precisamos também tomar muito cuidado para que, no afã de travar o justo combate, não destruamos ou limitemos outros valores e liberdades moralmente relevantes. Imaginemos um gay que, por algum motivo, esteja profundamente infeliz com a sua orientação sexual e deseje tornar-se heterossexual. É claro que podemos encaminhá-lo para um serviço de apoio psiquiátrico ou psicológico onde um profissional competente vai tentar convencê-lo de que não há nada de essencialmente errado no fato de ser homossexual. Suponhamos, porém, que o paciente não se convença e continue sentindo-se desajustado. Será que ele não tem o direito de tentar ser feliz buscando "curar-se" de sua homossexualidade?

De modo análogo, sou o primeiro a dizer que é uma tremenda de uma bobagem achar que existe um Deus e que Ele espera que nos comportemos de acordo com as recomendações de um livro antigo, mas sou também o primeiro a afirmar que as pessoas têm o direito de acreditar no que bem entenderem, por mais extravagantes que nos pareçam suas ideias. E, se um pastor acha que o homossexualismo é um pecado, deve poder dizê-lo a quem queira ouvir. Deve, também, poder tentar "curar"pessoas que desejem ser "curadas". Esse tipo de discurso contribui para a consolidação de preconceitos e atitudes intolerantes? Aposto que sim. Mas o mundo está longe de ser um lugar perfeito e sem conflitos.

Não podemos, em nome de uma utopia, de uma sociedade plenamente harmônica e sem preconceitos, sacrificar um núcleo de liberdades fundamentais que inclui a de ter ideias tolas e difundi-las. A intuição moral que fundamenta esse direito é a mesma que nos diz que indivíduos devem ser livres para exercer sua sexualidade da forma que bem entenderem.

No mais, não creio que proibir piadas de bichas como agora o LGBT pretende fazer seja a solução para nada. O ataque contra o humor serve apenas para tornar o planeta, que já não é lá essas coisas, um lugar um pouco pior.

*É editorialista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.

sexta-feira, junho 19, 2009

O acidente da Air France

Aquela parecia mais uma manhã comum quando cheguei ao trabalho sonolenta e sem, ainda, ter tido a primeira refeição do dia, e, principalmente, sem meu bom humor, já esse só é garantido após uma boa xícara de café.

Porém, meu julgamento inicial foi errôneo. O equívoco foi percebido no primeiro Bom-dia no trabalho. Ao invés do habital bom-dia em troca, recebi:

-"Você viu que tem um avião da Air France sumido?"

Obviamente que não sabia de nada, já que não acordo cinco minutos mais cedo nem para tomar café quanto mais para ver o jornal.

Sem muito entender a perguntar, respodi: "Como um avião desse tamanho pode sumir?".

Algum tempo depois descobri. Sumiu ao cair no mar.

Para minha surpresa maior fico sabendo que haviam dois franceses colaboradores do projeto que trabalho. Eles vieram ao Brasil a convite do órgão que trabalho para participar de um evento e decidiram esticar a viagem para passear no Rio de Janeiro, conhecer o Cristo Redentor e tomar umas caipirinhas.

Mais esquisito, ainda, foi que no dia anterior vi fotos dos dois durante o evento, o qual não estava presente, e comentei: "Jovens esses professores".

Na verdade, havia pensado: "humm, que gato esse francês". No entanto, soltei outro comentário: "Que folgados, vêm ao Brasil pagos pelo governo e querem aproveitar para passear". De fato pensava isso, mas eu faria o mesmo na situação deles.

Nunca ousaria pensar que seria o último passeio da vida deles.

Enfim, mais uma daquelas concidências bizarras.

Mesmo com muito compreensão empática pelas vítimas e pelos familiares. Não consigo entender, porque depois de tantos dias, continuam com buscas incessantes pelos corpos como se não houvesse mortos sem corpos.

Posso entender pela parte dos apelos de cunho religiosos, pois são baseadas em crenças e não na razão. Entretanto, esse não é o majoritário, trata-se de um a comoção internacional em um movimento: "Queremos os corpos", como se resgatassem a dignidade e diminui-se a dor dos que ficaram.

Nunca achei desrespeito separar a vida já exaurida do corpo do morto. Sempre achei deprimente o ato de velar um corpo e mandá-lo para debaixo da terra em um caixote.

Por isso, desde a morte do meu avô, que foi quando descobri que as pessoas morriam e que um dia seria eu também a morta, que não quero ser velada nem enterrada, desejo ser cremada e servir de adubo para algum ipê que alegrará a manhã de outros como já alegram várias em minha vida.

quarta-feira, junho 17, 2009

Círculo de amizades

Com o tempo nós nos especializamos na vida. Refiro-me não no sentindo de aprofundar conhecimento, processo constante, mas sim a respeito da delimitação do campo da vida.

Somos crianças em um bairro, estudamos numa escola, fazemos segundo grau em outra, o que aparentemente leva a um ampliação de pessoas que conhecemos e socializamos.

Mas com o tempo percebemos que não. Especialmente, durante e após a faculdade, verificamos que estamos delimitando o círculo de amizades e deixando vários nichos de fora.

Demora um tempo para tomarmos consciência dessa situação, já que essa ocorre de forma tão condicionada e natural.

Para mim, foi notório após alguns anos de formada: fiz vários colegas na universidade da mesma graduação, depois na especialização reencontrei alguns dessa epóca e sempre trabalhando na minha área, continuei socializando quase que exclusivamente com pessoas formadas no mesmo curso.

Com isso perdi a possibilidade de ter mais amigos de outros ambientes, e de alguns nichos muito mais emocionantes e ricos que o meu.

Sabe o que me fez tomar consciência disso? Conhecer alguns novos amigos músicos. Eles são muito mais leves, possuem outros dramas e riquezas compartilhados.

Agora estou em busca de amigos: atores, engenheiros, físicos, médicos, matemáticos, arquitetos, dentistas, oceanógrafo...

Só não me diga que é das relações internacionais. Porque você já foi excluído.

Pensamento da noite

"Vi o amor vencer o tédio"

Mais Alguém - música de Moreno Veloso e Quito Ribeiro

Lembro-me de ver o amor vencer não só tédio, mas também a descrença, a calmaria, a tristeza, a falta de esperança...

domingo, junho 14, 2009

Na Balada IV: Cuidado com armas!

Mais uma balada das amigas e mais cenas surreais.

Um cara chega para puxar papo com uma das amigas:

- Oi, tudo bom? Eu sou delegado.

A amiga olha para o rapaz mirrado e solta:

- Sei ...

Ele com certa indignação pelo ar de dúvida:

- É sério.

O delegado com um movimento brusco segura a mão da garota e direciona até a região baixa dele. Todas as amigas se assustam. Dai ele fala:

- Pega na minha arma.

Sim, era uma arma de fogo que ele carregava na cintura, para a sorte da garota que quase morreu achando que cometeria um atentado ao pudor forçado.

Nesse dia, a amiga sentiu falta dos rapazes que chegam dizendo que tem um audi, ferrari, helicóptero ou lancha, pelo menos não era obrigada a apalpá-los.

O que fazer em noites de insônia

  1. Ver o programa do Jô
  2. Comer
  3. Fuçar orkuts dos amigos e dos desconhecidos
  4. Comer
  5. Ver um filme deprimente
  6. Comer
  7. Publicar no Blog e Comentar nos dos amigos
  8. Comer
  9. Entrar no MSN - que não tem niguém online
  10. Comer

Mais uma história de amor

Passei muitos anos sentindo saudade do que não vivi. Chorando a falta do que nem sabia o quê.

Um dia o conheci, daí em diante já não mais sentia falta, tudo pela primeira vez fez sentindo.

Soube porque Deus fez o mundo, o homem e a mulher e todas as coisas.

Eu o amei com toda a inocência e veracidade do amores mais puros e altruístas, ele também me amou, mas não o suficiente.

Uma hora foi imposto o fim. Sofri, chorei, mas não no fundo tinha a ilusão que um amor daqueles não podia acabar assim.

Muita coisa aconteceu na vida dele, na minha nem tanto. Quis mudar tudo, ele não sabia o que queria, e se soube, não foi corajoso o suficiente para encarar as dificuldades.

Fui obrigada a aceitar, já que o fim se fez notório.

Teria que tocar a vida. Na maioria dos dias consegui, em alguns ainda lembro com tristeza e pesar.

Muito tempo se passou, muitas lágrimas umideceram meu rosto, muita solidão senti.

Ainda tento acreditar que o amor pode acontecer mais de uma vez.

No entanto, nas madrugadas de insônia só me restam eu, o velho ele e as palavras.

sábado, junho 13, 2009

Pensamento do dia

"Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas".

Fiquei com isso martelando.

Sempre fui uma questionadora nata. Mas tem uma época que a gente para de esperar as respostas e aceita não precisar saber tudo sobre tudo.

quinta-feira, junho 11, 2009

Minha...

Minha poesia é prosa, minha rima pobre,
meu substantivo abstrato, meu verbo irregular,
minha simetria desarmônica,
minha fala simples, meus pensamentos complexos,
minhas idéias repetidas,
minha alma feminina, minha casca delicada,
meu romantismo discrente e minha desilusão esperançosa.

terça-feira, junho 09, 2009

Cada um com suas neuras

Não compreendo as minhas próprias neuroses, mas, ainda assim, queria entender a insanidade de algumas pessoas.

É difícil conceber que alguém possa estar numa situação tão feliz, que fique aguardando o momento disso acabar, da decepção chegar e do fim trágico.

Nem ouse discordar. A distorção da realidade é tamanha que o impede de perceber que vive momentos raros e que deveria simplesmente agradecer e goza-los.

Enquanto isso, em outros cantos da cidade, alguns choram por um amor não correspondido, pela ausência dos que se foram, pela solidão sem fim, pela saudade do que não viveu...

segunda-feira, junho 08, 2009

Meu argumento ficou sem assunto....

Não perdi a voz, nem a opinião, muito menos o costume de discordar. Mas meu argumento ficou sem assunto, minha dissertação sem hipótese.

Estou com uma felicidade morna ou uma melancolia tímida.

Os sonhos persistem, porém com um gosto de dejavú, como que resgatados de um velho baú.

Tenho pensado muito que dia isso vai mudar. Ou o que vai provocar tal virada.

domingo, junho 07, 2009

Quero a sorte de um amor tranquilo

Se tantos de nós andam por esse planeta a procura de amor, por que continuamos na busca?

Como resposta, eu apontaria o medo.

O medo virou uma prisão.

São muitos medos: de nos abrir, de tentar, de sermos magoados, preteridos, de depender, de não sermos correspondindos, de não dar certo (mais uma vez)...

Apesar do medo, ainda sinto algo diferente, uma ausência presente, quando ouça uma música romântica, quando leio sobre histórias de amor, ou vejo um filme. Mas ainda não me livrei do medo.

E você, caro único leitor amigo, de que você tem medo?

sexta-feira, junho 05, 2009

A insanidade do cotidiano

Caro único leitor amigo, definitivamente hoje foi um dia esquisito.

Começou antes de ter ido dormir comigo conhecendo um artista por quem tive uma paixonite platônica na adolescência. Detalhe: eu não dei a menor bola.

Obviamente, por ter ido dormir muito tarde, cheguei atrasada no trabalho e a noite tive minha primeira aula de meditação morrendo de sono.

Sobre a meditação: adorei a teoria budista e sofri na tentativa da prática. Isso porque o budismo visa minimizar o sofrimento, mas eu padeci sentada naquelas almofadas no chão.

Para encerrar a noite, ligo a TV, e passa o Globo Repórter com o tema: "Homens e mulheres: todos estão em busca de um amor".

Eu penso: "Poxa vida! Quem sabe essse programa não seria a solução dos meus problemas?". Dois segundos depois, estou rindo, me sentindo ridícula.

Mas caro único leitor amigo, se está a pensar onde está a insanidade real, digo que ao abrir meu e-mail, eis que descubro:o ex de uma amiga, quase-irmã, está dando em cima de mim.

E agora josé?

segunda-feira, junho 01, 2009

Na Balada III: Não se lamente

Três amigas no barzinho.

Uma falando repetidamente do novo objeto de obsessão: ele é lindo, ele é blabláblá.

As outras duas só se lamentando da mal sorte no amor, a falta de homens decentes nesse mundo e como em Brasília os caras são esquisitos, porque em qualquer lugar do mundo alguém teria vindo puxar papo.

Esse papo era fundo para vinho e mais vinho.

Quando de repente, chega o garçom: "Com licença, aqueles rapazes gostariam de saber se podem se juntar a mesa de vocês".

As amigas até se animam. Eis que o garçom aponta quem são os rapazes: dois tios sukitas, sendo um careca e outro barrigudo, e um tipo comum de uns trinta e poucos.

As amigas entre olham-se e respondem: "Melhor não, moço, melhor não".

Eu só pensei: "Do jeito que sou sortuda com certeza os coroas viriam me paquerar". Afff!!!

Nessa hora uma das amigas fala: "Aff, que lezeira! É melhor não reclamar porque a situação pode, ainda, piorar".

Realmente pode piorar....