quinta-feira, dezembro 29, 2005

Essa pseudo-vida de adulto

Olá caro único leitor amigo,
Faz um bom tempo que não escrevo, não que perdi o gosto por perder tempo escrevendo coisas sobre o tudo e o nada, mas é que não ando tendo tempo para perder com coisas que gosto.
A novidade positiva é que, apesar do cetiscismo que me dominava logo após a minha formatura, estou trabalhando na minha área e gosto bastante da área que estou atuando, e agora com um pouquinho mais de grana dá para começar a sonhar com a realização de alguns sonhos.

Entretanto, essa pseudo-vida de adulto também é estressante e me sobra pouco tempo. Agora entendo aquela máxima popular: “aos 20 se tem saúde e tempo, mas não se tem dinheiro; aos 30 se tem dinheiro e saúde, mas não se tem tempo; aos 50 se tem dinheiro e tempo, mas não se tem saúde”. C’est la vie!

Quando tiver um tempinho volto a escrever, por enquanto finalizo com um FELIZ NATAL atrasado e TUDO DE BOM PARA 2006, e que você, caro único leitor amigo, tenha mais sorte que eu, que estou sem lugar para passar o Reveillon até agora.
Hasta luego.

domingo, agosto 21, 2005

Someone exactly like you

Mesmo entre os durões, quem nega que ao ver o filme Diário de Bridget Jones muda o olhar ao ouvir um dos personagens dizer a Bridget que gosta dela do jeito que ela é? E ao fundo toca o refrão: I've been searching a long time for someone exactly like you.

Someone Like you
Van Morrison


I've been searching a long time
For someone exactly like you
I've been travelling all around the world
Waiting for you to come through.

Someone like you makes it
All worth while
Someone like you keeps
Me satisfied.

Someone exactlyLike you.
I've been travellin' a hard road
Lookin' for someone exactly like you
I've been carryin' my heavy load
Waiting for the light to come
Shining through.

Someone like you makes it
All worth while
Someone like you keeps
Me satisfied.

Someone exactlyLike you.

I've been doin' some soul searching
To find out where you're at
I've been up and down the highway
In all kinds of foreign lands
Someone like you...

I've been all around the world
Marching to the beat of a different
Drum.

But just lately I have
Realised
The best is yet to come.

Someone like you...

O primeiro ano do resto de nossas vidas...

Um título pomposo e até promissor para uma fase da vida tão conturbada. Há tempos não escrevo sobre nada, não que a vida não esteja agitada, mas agora ela move-se de forma diferente, algo como a ressaca do mar. A cabeça anda borbulhante em meio à insegurança da mudança, mas algo de bom já tiro dessa situação: agora posso usar o pronome eu. Parece algo sem sentido, mas para alguém que sempre se escondeu atrás das generalizações embutidas nos “a gente”, “todo mundo”, e etc, isto é grande coisa.

Ato I – Barrados no Baile


As festividades da formatura foram bonitas, emocionantes e um pouco tristes. É bom ver todos os amigos e colegas reunidos em beca com aquela sensação de ser a primeira e ao mesmo tempo a última vez que nos vemos. Tudo muito nítido nas lágrimas, nas milhares de fotos juntos e é claro na promessa de não perdermos contanto.

Isso só confirma a sensação de que fui barrada no baile, não na entrada, mas na saída. Barrada porque fiquei ali parada sem rumo. Com certeza encarando a primeira sensação real dessa pseudo-vida-de-adulto: a vida não é segura nem linear. Mas tudo bem... Muitos sonhos ainda persistem, muitos outros ficaram para trás e muitos mais virão.

Ato II – E agora José?


Esse é o ato mais difícil dessa peça: agora o que fazer? É difícil ser uma pessoa controladora e que sempre manteve quase tudo dentro dos planos, nem que seja no plano B. Mas agora encaro a realidade da vida que não é meritocrática, matemática e nem facilmente controlável.

Mas como se enquadrar na vida adulta? Já que esta perpassa pela população economicamente ativa, da qual não sei como passar a fazer parte. Por isso mesmo, estou aqui pagando a minha língua e rasgando certos ideais. Mas acho que isso é parte de deixar de ser criança: deixar de acreditar em certas coisas, deixar de ter opiniões maniqueístas e principalmente deixar de achar que somos tão jovens e que sempre haverá muito tempo.

Ato III – Os medos

Tem coisas que temos tanto medo que não gostamos nem de pronunciar a palavra...

Solidão com certeza é uma delas. Eu que sempre sonhei com uma vida que no final é sempre solitária, ando com medo da solidão, mesmo que goste de passar a maior parte do tempo só, tenho temores recém revelados de acabar num apartamento grande demais para meus pensamentos.

Outro medo é de nunca alcançar o meu padrão de auto-exigência, especialmente porque este não usa palavras gentis e nem white lies para amenizar o que pensa. Mas até que este medo se acalentou ao ouvir que sou invejada pela minha força, independência e garra. Só que disso tiro duas coisas: ou vendo bem meu peixe ou ainda tem gente ingênua neste mundo.

Ato IV – A saudade

Ando sentindo muitas saudades do que vivi, do que nem sabida que poderia ter vivido, de mim, dos amigos e dos óculos cor de rosa que perdi em algum lugar secreto. Mas como sempre repito: saudade até que é bom, é melhor que caminhar vazio.

Ato V – FIN: Em construção

Em todo filme, peça de teatro ou ópera o último ato é o grande final, mas como a arte imita a vida, mas a vida não imita a arte, o futuro sempre é uma promessa e não um desfecho conclusivo. Por isso, estamos aqui, ali ou em qualquer lugar buscando o novo, o especial e a promessa.

To be continued …

domingo, agosto 07, 2005

Praias Paradisíacas

Eu adoro este texto do Coutinho, foi por causa dele que passei a ler sempre os textos dele. É ótimo encontrar uma pessoa tão ou até mais antipática que eu...

Porque faço questão de gostar dessas pessoas que são autênticas e não-bajuladoras e tmabém faço questão de ser uma dessas pessoas que não concorda com todo mundo só para agradar, na verdade as más línguas dizem que faço questão de descordar só pra ser antipática. Mas quem liga? Eu não.

Praias paradisíacas
João Pereira Coutinho

Aqui há uns anos, corria maio, terminei uma relação promissora com uma menina bonitinha por causa de uma expressão casual. As férias desenhavam-se no horizonte. E ela, com a ingenuidade própria dos anjos, sugeriu agosto num sítio qualquer onde existiam "águas cristalinas e praias paradisíacas".
Como é que é? A expressão, o problema está na expressão. Sim, detesto praia, porque praia é a encarnação terrena do inferno: povo, vendedores ambulantes, crianças gritando, jogando, correndo. Bichos marinhos. Afogamentos. E nudistas, sobretudo senhores de cinquenta ou sessenta anos que gostam de ostentar orgulhosamente os seus pênis mirrados. O açougue em forma humana. E toda a gente fazendo de conta que é natural: "não olha, querido, é apenas um pênis passeando pela brisa da manhã". Bom, natural é: como terremotos, furacões e outras desgraças.
Mas aquilo que me entristeceu foi a expressão. Dizer "águas cristalinas" é muito mau. Dizer "praias paradisíacas" é o fim: a corrupção da mente pela indústria do turismo.
Claro que não me livrei do ordálio anual. Quando maio aterra entre nós, as férias começam a sua dança macabra. O destino. A marcação no destino. A escolha criteriosa do destino. A escolha de acompanhantes. Minha vontade é desistir logo. E eu desisto. Marco férias e, na véspera da partida, dou entrada (fictícia) no hospital. Já fui operado de apendicite, sei lá, umas três ou quatro vezes. Uma namorada, certo dia, perguntou: "Você não retirou esse apêndice o ano passado?" Disse que sim. "Mas ele cresce, meu amor". Também retirei pedra do rim, tive princípio de infarto ("coitado, é tão jovem, etc., etc.").
Outras vezes arrumo um compromisso profissional (fictício) que me obriga a ficar. Insulto patrões imaginários. Choro de raiva. Prometo passeatas contra a globalização. "Porto Alegre, me espere!" Vou ao aeroporto, despeço-me dos amigos com muita dor, aceno como um cachorrinho sem dono, vejo o avião partir. E depois regresso, levitando, mais feliz que Gene Kelly dançando sob a chuva.
Durante duas semanas, a minha felicidade é total. O prédio está silencioso e habitável. A cidade, idem. O telefone não toca. É possível ler sem limites. Os restaurantes servem bem, os cinemas não estão lotados. Podemos dirigir. Podemos ser dirigidos. E, com muita sorte, encontramos alguém que também ficou: existe nas pessoas que ficam uma nobreza que sempre me encantou. Então as noites são minhas. E longas. E íntimas. E apaixonadas.O problema é que as férias não são normais. E as pessoas não se comportam como gente normal: comportam-se como animais em cativeiro, subitamente libertas de sua jaula habitual. Por isso correm como loucas e se comportam como loucas, exibindo uma alegria artificial. As pessoas, em férias, fazem um esforço tão delirante para "estar em férias" que muitas terminam exaustas. E em depressão. Conheci casos. E para quê?
Fiquem. Em casa. Eu vou ficar. Chega de mentiras. Tive duas propostas este ano. A "praia paradisíaca" (um clássico) e uma viagem longa a um "país espiritual" (algures no Oriente). Confessei tudo, como um criminoso arrependido. As pessoas ouvem a minha confissão e ficam incrédulas: como é possível alguém recusar filas intermináveis no aeroporto, viagens de quinze horas com um bebê que vomita leite o tempo todo, gastronomia local (tradução: disenteria) e meninos de hotel subnutridos (e explorados) que não sabem preparar um dry martini como devem? Mas depois se habituam. Algumas já experimentaram este supremo risco --não ir de férias. E quando setembro chega e o trabalho regressa, todas perguntam, com orgásmica serenidade: porque motivo andei fingindo todo este tempo?

Listas...

Eu que sempre penso em escrever minha própria lista dos melhores filmes na minha opinião singela, não posso evitar adorar as listas alheias, especialmente a parte que fica revoltada porque não incluiu certos filmes ou incluiu outros. Talvez por isso não escreva a minha própria porque perderia a parte de criticar e também porque a lista teria 3 mil filmes, mas obviamente teria “Cinema Paradiso” que é um filme perfeito para ser visto a qualquer idade.

Selvagens e sentimentais
João Pereira Coutinho, 29, é colunista do jornal português "Expresso". Ele escreve quinzenalmente para a Folha Online.

(...)

Listas e listas e listas. George Steiner, um velho sábio, costuma dizer que as listas são exercícios contra o apagamento. Por isso ele elabora, desde a infância, listas infindáveis de generais e suas batalhas, autores e seus romances, sem esquecer datas históricas, pessoais, monumentais. Entendo o gesto e simpatizo com ele.
(...)
Mais simpática é a lista do British Film Institute. Quais os filmes que todos os adolescentes devem ver (até aos 14 anos)? Anotem: "The Wizard of Oz" ("O Mágico de Oz", 1939), o clássico de Victor Fleming que me perseguiu em sonhos durante décadas (ainda hoje persegue; mas não espalhem); "Ladrões de Bicicletas" (1948), obra de Vittorio De Sica que redefiniu o cinema italiano do pós-guerra; "The Night of the Hunter" ("O Mensageiro do Diabo", 1955), escolha séria e filme sublime, de Charles Laughton, com um imbatível Robert Mitchum ("Para mim, existem apenas duas formas de representação: com cavalo e sem cavalo"); "Les 400 Coups" ("Os Incompreendidos", 1959), de François Truffaut, um dos raros "nouvelle vague" que sobreviveu ao espírito do tempo (as minhas desculpas aos godardianos); "E.T." (1982), de Spielberg, a mais bela parábola sobre a vida de Cristo: a história do extra-terrestre que desce dos céus, espalha alegria entre os humanos e regressa de onde veio, em ascensão celestial. E mais cinco que, pessoalmente, são dispensáveis: "Onde Fica a Casa do Meu Amigo" (1987), de Kiarostami (diretor de um filme bem preferível, "O Sabor da Cereja"); "Show me Love", uma produção sueca de 1998 que não vi (e, se eu não vi, não vale a pena); "Kes" (1969), de Ken Loach (neo-realismo inglês, não, por favor); e dois filmes animados, "Spirited Away" (2001) e "Toy Story" (1995).
Posso substituir estes cinco? Então sugiro "Fanny e Alexander" (1982), de Bergman; "Hope and Glory" ("Esperança e Glória", 1987), de John Boorman; "A Perfect World" ("Um Mundo Perfeito", 1993), de Clint Eastwood; o "Pinocchio" da Disney (a versão de 1940); e também "My Fair Lady" (1964) que, apesar de não ter crianças e não ser para crianças, tem mulheres e transforma qualquer futura mulher numa Audrey Hepburn em potência. Falou e disse.

sábado, agosto 06, 2005

Rosa de Hiroshima

Hiroshima, 6 de Agosto de 1945

Há 60 anos o mundo foi surpreendido com a explosão da primeira bomba atômica em Hiroshima e três dias depois em Nagasaki. Seis décadas foram capazes de reconstruir as duas cidades, que hoje são símbolos de modernidade e beleza, mas não foram capazes de fazer o mundo esquecer a morte de milhares de civis, dentre estes muitas crianças.
Mas infelizmente hoje não comemoramos o fim das guerras, a paz mundial ou o fim da s bombas atômicas . Apenas celebramos as duas faces opostas da humanidade: a estupidez que produziu essas atrocidades e a capacidade da mesma de se recuperar após grandes tragédias como estas.

Mas não pense caro único leitor amigo que visualizo os japoneses como vítimas e os americanos como os vilões. Como em toda guerra há inocentes e culpados dos dois lados, impera o que história consolida. Mas na minha opinião estupidez generalizada não é desculpa para que aceitemos e concordemos com brutalidades como estas.
Mas a minha conclusão para este tema não poderia não passar por Beatles, então vamos lá: All we need is love, just love.

Rosa de Hiroshima
Vinícius de Moraes

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa em nada

sábado, julho 30, 2005

Nove homens que jamais namoraríamos!


Olá caro único leitor amigo! Só para não perder o costume das colunas: sou mulher, sou fútil ocasionalmente e daí? Aí vai um texto engraçado da TPM.
Estes não! Nove Homens que jamais namoraríamos Na Tpm #02, publicada em junho de 2001, fizemos uma lista de homens que gostaríamos de namorar. Nesta edição comemorativa de Dia dos Namorados resolvemos inverter o foco e falar sobre os que não namoraríamos por nada. Se só tivéssemos estas opções, morreríamos secas. Mas felizes

Edição e Reportagem Nina Lemos

1. Severino Cavalcanti: Além de ser muito feio, disse a seguinte frase: “Acho que a mulher tem que ser virgem, tem que ser pura. O homem não. Muitas vezes quer aprender como fazer o serviço. Tem que aprender com quem estiver disposta a ser professora”. Não podemos comentar essa frase sem xingar. Por isso, não vamos comentar.

2. Bento 16: Ele não gosta de gays, nem dos divorciados, nem de rock. É contra tudo que a gente acredita. E, claro, não poderia nos namorar porque, teoricamente, papa não faz sexo.

3. Qualquer homem viciado em cocaína: Não somos clínica de reabilitação de drogados, definitivamente.

4. Dado Dolabella: Estamos fora de homem que briga.

5. O médico Rogério do Big Brother: Além de ele ser uma pessoa que foi ao Big Brother em busca de fama (o que já faz a gente não querer namorar a pessoa) ele pegou pesado com nosso querido Jean (outro que não namoraríamos, inclusive porque ele prefere namorar meninos).

6. Michael Jackson: Porque, ao que parece, ele come criancinhas.

7. O Mr. Big: O seriado já acabou e ele e a Carrie até ficaram juntos. Mas continuamos achando que ele é um yuppie canalha com um péssimo corte de cabelo.

8. Orkut Buyukkokten: Ele inventou o Orkut, o que mostra que é um cara inteligente, mas fez com que ficássemos viciadas nessa coisa. E, o pior, criou a paranóia Orkut, que nos faz bisbilhotar páginas de pretendentes e ter crises de ciúmes.

9. O Bush: Só porque ele é a pessoa que a gente MAIS ABOMINA NO MUNDO!

terça-feira, julho 26, 2005

Auto-estima

Uma coisa que não entendo são essas pessoas que gostam de magoar as outras e de brincar com o sentimento alheio. No texto abaixo o Alex escreveu uma coisa que sempre pensei: por mais difícil que seja levar um fora, não é pior que ter que rejeitar alguém, especialmente quando é alguém que você admira e por vezes até ama, só que fraternalmente.

Auto-Estima Sexual
Alex Castro

Eu nunca entendi os canalhas sexuais, essas pessoas que fazem baixezas com quem lhes dividiu a cama, que parecem ter ódio de quem lhes repartiu intimidade.
Não estou falando de rejeição. Rejeitar às vezes é inevitável. Mas rejeitar não significa humilhar, ferir, expor, mas somente constatar que nem sempre podemos retribuir o amor de quem nos ama. Rejeitar é muito mais difícil do que ser rejeitado e só sabe isso quem já sofreu muito antes de quebrar o coração alheio.
Em uma categoria semelhante aos canalhas sexuais estão aquelas pessoas que são brigadas com todos seus ex-namorados, ex-amantes, ex-maridos. Eu não sei nem como se consegue fazer isso. Toda mulher que eu já amei eu continuo amando. Continuo amigo das que me rejeitaram e continuo amigo das que rejeitei, e sou ainda mais amigo daquelas cuja relação foi amornando-se lentamente até consolidar-se em uma bela amizade.Minha única explicação para os canalhas sexuais é baixa auto-estima.
Em uma versão afetiva do aforismo marxista, essas pessoas se consideram tão ridículas e mesquinhas que qualquer um que tenha a desgraça de se interessar por elas só pode ser mais ridículo e mesquinho ainda, digno do pior tratamento, merecedor do mais sórdido despeito.(Na mais mínima medida, eu experimento um pouco disso em relação a alguns dos meus fãs mais extremados. Sempre respondo com um email padrão dizendo que, se sinceramente me acham isso tudo, é porque ainda não leram os mestres. E faço recomendações de leituras que incluem Thoreau, Miller, Freire, Emerson, Whitman, etc. Ocasionalmente, muitos meses depois, meus esforços são recompensados com um singelo email dizendo: "tens razão, és mesmo um merda, gênio era Thoreau!)
Mas até entendo os canalhas sexuais. Eles sabem, melhor do que ninguém, que são uns merdas. Como respeitar pessoas tão cegas que não enxerguem essa verdade auto-evidente, que ainda assim queiram envolvimento amoroso com tal escória?
Não há nada melhor do que uma saudável auto-estima. Se você se ama e tem noção das muitas qualidades que teve ter, não será nenhum fim do mundo que outra pessoa reconheça essas mesmas qualidades e se sinta atraída por elas.É por isso que é mais fácil abordar uma mulher bonita do que uma feia. A bela está acostumada a ser desejada, é fato natural da vida. Já a feia desconfia de tudo: o que esse cara quer aqui logo comigo? Será uma pegadinha?
Não há nada melhor da vida, pelo contrário, do que se apaixonar por alguém melhor do que a gente. Nossa auto-estima, já bastante saudável, se fortalece ainda mais de sabermos que uma pessoa mais inteligente, mais sexy, mais culta, mais safada, mais corajosa, mais impulsiva, mais forte, mais sabidinha, mais tudo de bom, está apaixonada por nós. O amor, ao contrário de confirmar nossa baixeza e nos impelir a baixezas ainda maiores, confirma nossas qualidades: se alguém assim nos deseja, então, realmente, devemos ter lá nosso valor, talvez mais valor até do que acreditávamos. É um amor que nos lisonjeia, nos avaliza, nos estimula a voar mais alto.Alguém que sinceramente ame a si mesmo jamais desprezará o amor do outro. Alguém que sinceramente ame a si mesmo jamais será um canalha sexual.

segunda-feira, julho 25, 2005

O que sobrou do céu ...

Quando encerro alguma coisa na minha vida, costumo fazer uma “faxina” no que se relaciona ao que acabou para poder iniciar novas empreitadas. Situação que não poderia ser diferente ao terminar a faculdade. Hoje terminei de organizar meus materiais da faculdade e cheguei a uma conclusão: a exceção dos grandes amigos que fiz, do amadurecimento que vivenciei e do título que aferi, só me restaram destes 4 anos de graduação quatro caixas de livros e textos que não tenho aonde guardar.

Rumo mesmo não tenho, mesmo que ainda preserve os sonhos e projetos para o futuro, que espero seja próximo. Mas estou sem lenço nem documento, o que de fato não me agrada já que não tenho meios para fazer coisas que gostaria.

Agora estou aqui tentar construir um projeto de vida que inclua o presente e as possibilidades reais. C’est la vie!





sábado, julho 23, 2005

Mais uma seção de palavras ao vento

Depois de alguns dias que este site esteve fechado para balanço, volto com uma sensação de que mesmo estando mais completa como pessoa hoje do que há alguns dias, perdi algo que não tem volta.

Mesmo que tenha aceitado o fato de a ausência não é a perda, mas sim algo que faz parte de mim, não posso evitar que a inconstância desses tempos me faça uma saudosista. Já tenho saudade da universidade, das atividades de que nela me inseri, de encontrar todos os dias as mesmas pessoas e de compartilhar com elas algo especial.

Isso ocorre talvez porque eu como a maioria das pessoas tendo a supervalorizar o que se perdeu no tempo e não tem mais volta. Mas não tem problema não. Saudade até que é bom.

É bom porque eu voltei a acreditar no futuro e mais importante ainda: voltei a acreditar nas pessoas. E isso me faz acreditar que quem espera nem sempre alcança, mas quem corre atrás não se arrepende do que não fez, porque fez tudo o que podia, e por isso tem a confiança para ver o novo vir. E que venha mesmo!

domingo, julho 10, 2005

CPIs

Não sei você, caro leitor amigo, mas eu que não agüento mais a cara esmurrada pela porta (ah, tá!) do Dep. Jefferson na televisão toda hora, ele passa o tempo toda tirando onda de artista global porque conseguiu fazer que uma CPI fosse instaurada.

Então em um apoio a um artigo da revista virtual No Minímo que lançou a campanha "Vamos ajudar o Brasil a mudar de assunto", resolvi postar esse texto, já que é para ter CPI de tudo, e é para ter mesmo, só assim a gente tem a falsa ilusão da democracia, e que os corruptos um dia serão punidos. Mas a mídia agora esquece de todos os outros temas importantes para o país, e só fala disso.

Já que é assim, todos nós temos o Direito Constitucional a abrir uma CPI.

A minha primeira CPI é para o Orkut. Que palhaçada de "Bad, bad server. No donut for you" toda hora!

CPIs
Andrea Siqueira
Revista TPM

Exija já a sua!

Será que dá para fazer uma CPI no condomínio do meu prédio? O que se paga por mês é caro, a guarita tá com o vidro quebrado há meses e o vigia dorme no horário que ele deveria fazer o trabalho. E a CPI da revisão do carro? Custa uma grana e não tem nenhum gravador escondido em paletó nem câmera secreta feito reality show para confirmar a quantidade de peças que eles sempre dizem que trocam. CPI do supermercado, com perdão do trocadilho, é batata, tinha que ter. CPI dos guardadores de carro. Sim, dos guardadores que, na verdade, só dão olhadinha mesmo nos shortinhos que passam na rua.

CPI do leite em pó que nunca mais veio completo até a tampa. CPI do plástico que envolve o CD que simplesmente não funciona. Nunca, nunca, nunca. CPI do restaurante que deixa a gente esperando na porta sem lugar para sentar. CPI do telemarketing que liga às 8 da manhã. CPI do telemarketing que não cancela o que a gente ligou para cancelar. CPI do telemarketing, qualquer telemarketing. CPI do semáforo que insiste em mudar para o vermelho no segundo exato que seu carro aparece na frente. CPI das lulus que compram mantas e coleiras Louis Vitton para os seus cachorros e são incapazes de adotar uma criança.

CPI dos livros emprestados e nunca mais devolvidos. CPI das reuniões marcadas sempre ao meio-dia. CPI do pedaço de alface que aparece no dente no instante que você consegue conversar com aquele paquerinha lindo. CPI do beijo roubado, da calcinha flagrada embaixo da saia. Para cada frase “desculpe, nosso sistema caiu” dita no mundo deveria ser aberta uma CPI. Maridos que dizem que vão chegar em casa às 9 e não chegam, CPI. Avisou que vai ter futebol society com os amigos na quinta, CPI . Se você paga academia e não emagrece, CPI. Se corta o cabelo e nada de novo acontece, CPI.

Afinal, as CPIs não deviam ser privilégio (ou pesadelo?) só do governo. Se vivemos em uma democracia é direito também ter a sua própria CPI. Faça uso desse direito. E se um motoboy chegar na sua casa no domingo com a pizza fria, não deixe a noite terminar assim. Exija já a sua CPI.

quinta-feira, julho 07, 2005

Essa pseudo-vida adulta

A gente passa a infância e a adolescência querendo crescer depressa e ser logo adulto. Mas quando a vida de adulto chega de verdade, a gente só quer voltar a não ter responsabilidade, a não ter que pensar no futuro e a não ter que fazer o presente acontecer. Mesmo para mim sempre fui responsável, cheia de opiniões e decisões é confuso, porque uma coisa é comportar-se como adulto sem precisar ser efetivamente ser um. Mas agora sou adulta e tenho que interagir com mundo sendo uma.

Hoje recém-formada e a beira de outro aniversário, outro porque parece que um ano passa e nem reparei, estou aqui tentando me encaixar no que é ser adulto: a procura de um emprego, na esperança das coisas darem certas, de enfim me sustentar e morar só, e de fazer tantas coisas que desejei um dia.

Só que a cada dia vejo um temor da adolescência se tornar um pouco realidade: estou me tornando uma pessoa parecida com os meus pais. Não que necessariamente isso seja ruim, mas sempre almejei ser melhor que eles desde o dia que descobrir que os pais são pessoas como todos nós, falíveis e cheios de defeitos.

Talvez o fato mais estranho de ser adulto está justamente relacionado aos pais, pois passamos a ter um relacionamento diferente com os pais. Hoje somos amigos, de certa forma iguais e a cada dia passamos a ser um pouco pais dos nossos pais. Não que eles precisem ser velhos ou algo do tipo, mas estranhamente passamos a aconselhar e a cuidar deles, como outrora eles faziam por nós.

Você, caro único leitor amigo, pode até pensar que estou triste, saudosista ou melancólica com essa mudança de fase, mas está redondamente enganado. A vida começa a fazer todo o sentido, pois agora deixo de me preparar para ser adulta para ser uma, e estou muito feliz, mesmo que um pouco preocupada. É natural sentir um pouco de medo com as mudanças, mas isso não faz que deseje que as mudanças não venham, só me faz olhar para as mudanças com o respeito que o novo merece.

domingo, julho 03, 2005

Pra gente ser feliz

Identifiquei-me muito com este texto, já que no último mês vários pequenos acontecimentos me fizeram rever as prioridades da minha vida. O mais curioso é que por tanto tempo padeci com preocupações que nessa revisão foram renegadas a último plano. Isso porque quando reavaliei a minha vida, os meus objetivos e minhas atitudes. Conclui que a única coisa que quero no mundo é ser feliz, e o resto é só conseqüência disso.

O ser humano tem essa tendência horripilante de achar que tudo que não tem e que não viveu é aquilo que o fará feliz, assim, nunca se contenta com o que tem, e passa pela vida sem perceber que a felicidade está no cotidiano, em andar no parque com um belo sol, em ver o pôr do sol, em dançar até as pernas doerem, em sentar num bar com seus amigos, em ouvir as novidades da turma, em reencontrar aqueles que você sente falta, em acordar e o dia estar lindo, em se emocionar vendo um bom filme....

Tantas pequenas coisas nos fazem felizes, e ainda assim, não reconhecemos a felicidade e esperamos por algo grande que nos fará irremediavelmente felizes. Mas agora só quero é me deleitar com essas e outras pequenas coisas que me fazem enormemente feliz. Mesmo que o banzo e o cansaço me façam momentaneamente duvidar do milagre que é viver e ser feliz.

O mundo é perfeito nas suas imperfeições


Daniela Guima é jornalista e escreve no www.candango.com.br

Esses dias passaram comigo, assim... bem cabisbaixa. Andei pensando numa porção de coisas que poderiam ser diferentes, sempre tendo à minha frente um ideal de vida tranqüila e perfeita. Na verdade, estava incomodada pela falta de ordem nas coisas, pela maneira caótica como os acontecimentos chegam a mim. Estava numa onda de pessimismo e, pior, me achando vítima da situação. Foram uns três ou quatro dias de banzo.

Esse período acabou e deu lugar a um frescor, a uma brisa calma, mas cheia de ânimo. Depois de ficar com uma tromba inútil, triste e infeliz, abri meus olhos e passei a ver uma porção de coisinhas. Comecei a perceber que o mundo é perfeito nas suas imperfeições. Na forma como os fatos acontecem por linhas tortas e, no final das contas, mandam a mensagem certa. Cheguei a uma confortante bifurcação: ou a vida é de uma sabedoria infinita, ou o homem é mesmo um bicho com incrível capacidade de superação. Ou, melhor ainda (opa, é uma ‘trifurcação’!): essas duas hipóteses podem ser verdadeiras.

Sempre que pode, o ser humano sacode a poeira e dá a volta por cima, com o coração cheio de renovada esperança. Um exemplo disso é a forma como os brasileiros estão lidando com esse momento que veio à tona com revelações daquela figura impagável, que nesses dias se refestelou nos televisores desse país. É... ele mesmo. O tal Roberto Jefferson. Por mais que seja ruim ver o Brasil ter suas entranhas tão à mostra. Por mais que a gente não saiba se o que ele fala é verdade ou não. Esse homem é um abalo sísmico que tirou o chão de muita gente. Ele está mexendo com brios e estruturas de uma porção de pessoas - tanto lá no poder, quanto nas ruas. E isso é bom! E isso é curativo! Que tal, então, combinarmos de pensar assim? “Que bom que isso tudo está vindo à luz. É um primeiro passo para os políticos mudarem e perceberem coisas importantes”. Pensa bem. É ou não é? Tudo que acontece na nossa vida tem uma razão de ser. E, no final das contas, a gente dá um jeito de aprender com isso. Trata-se de uma fórmula muito misteriosa e engenhosa que a vida inventou para nos fazer evoluir. Perdeu o emprego? Seu amor partiu para outra? Levante a cabeça e siga adiante. Se tiver necessidade, dê espaço para viver o seu período de ‘luto’, seja qual for a razão. Mas procure logo, ‘loguinho’ mesmo, sair depressa do buraco onde se meteu. Sucesso é sinônimo de pessoas que levantam depressa das quedas. Porque cair, todo mundo cai. O que você vai fazer com esse tombo, esse aprendizado, cabe tão somente a você. Em toda crise habita uma nova oportunidade.

Nós temos o poder de dar o sentido que quisermos para toda e qualquer situação que se apresente. Então se o seu grande objetivo é ser feliz, use as lentes da felicidade para olhar à sua volta. Tudo nessa vida tem, sim, seu lado bom.

sexta-feira, julho 01, 2005

Cada um traz em si todo um universo...

Quando Aristóteles disse que o homem é um animal político, no sentido dos seres humanos serem sociais. Ele relatou um processo contínuo para cada um nós. A cada segundo somos inebriados pelos nossos contatos sociais. Mesmo assim cada pessoa consegue modificar-me profundamente, pois ainda preservo em mim a capacidade de surpreender-me com o mundo que cada um traz em si.

Não que seja uma Pollyana das interações sociais. Considero que há muito perdi essa habilidade de acreditar e permitir essa interação de mundos com a maioria das pessoas, mas ocasionalmente tenho a alegria de esbarrar em pessoas encantadoras, que a empatia pelo simples motivos de sermos ambos seres humanos e a insanidade momentânea me permitem por um instante chocar o alterego alheio com o meu próprio. Assim, me encanto com as novas idéias, com as diferentes opiniões, criações e modos de enxergar e viver a vida.

E são nestes momentos que me sinto criança novamente, com a incrível possibilidade de me reinventar, mas com a irresistível tentação de ser apenas eu mesma. São esses momentos que as pessoas, mesmo que inconscientemente, modificam irremediavelmente as outras.

O mais incrível é que algumas dessas pessoas esbarram em você por apenas um segundo, e mesmo assim continuam eternamente em nós, presentes nessa colcha de retalhos que ajudaram a compor...

quinta-feira, junho 30, 2005

Normal... Olha mais de perto!

Há dias que é difícil manter a mente produtiva. Mas pior que isso é tentar fazer a cabeça parar de pensar, definitivamente essa é uma coisa que gostaria de saber fazer, e que obviamente não consigo. A minha cabeça perece um filme desconexo, na qual não consigo evitar que o passado, presente e futuro mesclem-se de forma incompreensível.

Fico fixada em trechos e pessoas específicas, como uma fita emperrada na rebobinagem, que ao mesmo tempo são confundidos com as histórias que invento dentro da minha insanidade, coisas que diria e faria, o que me responderiam, os diferentes locais que são palcos das estórias, etc.

Tudo invenção das minhas loucuras, porém normalmente me trago a realidade rapidamente, mas esses 60 segundos costumam ser perfeitos, mas tenho que correr deles com certa velocidade para evitar que me transforme em uma altista no meu mundo de OZ, onde encontro magia, coragem, coração e inteligência.

Hoje mesmo tentava pensar sobre assuntos interessantes que gostaria de escrever neste blog, porém nada me encantava, revoltava ou entristecia. Especialmente porque a minha mente já estava ocupada com seus devaneios que não tem espaço na minha vida real pragmática. É impressionante como a mente tem a capacidade de nos pregar peças, ou pelo menos a minha me prega.

Nessas horas, é que concordo ainda mais com Caetano: “De perto ninguém é normal” ...

terça-feira, junho 28, 2005

Para que serve uma relação?

Drauzio varela

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação? "Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil"

Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a sí mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração. Uma armadilha.

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante,
para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

segunda-feira, junho 27, 2005

As mulheres de verdade

Caro único leitor amigo, sei que você está pensando que efetivamente não escrevo eu mesma a algum tempo neste blog. Fico só colando textos alheios, fazer o que se o tempo e o bom senso quanto à minha falta de qualidade literária não estão me permitindo escrever ultimamente. Mas em breve I will be back! Enquanto isso, aproveite a leitura das colunas deste mês da revista TPM, que por sinal estão muito boas. Este texto particularmente me diz muito coisa.

As mulheres de verdade
Clarah Averbuck fala sobre os (inviáveis) padrões de beleza – Revista TPM


Eu passei bom tempo da minha vida tentando ser magra. Me estragava com toda a sorte de remédios tarja preta, declarava meu amor pelos efeitos das boletas, tirando a fome, me mantendo acordada e me apodrecendo por dentro. Lindo, palmas para mim. Tentando entrar no padrão que eu nunca iria alcançar porque simplesmente não sou assim. Meu corpo não permite que eu seja magrela a não ser com uma vida de privações que eu não estou nem um pouco a fim de encarar. Só agora me dei conta disso. E a questão aqui nem é ser magra ou gorda ou peituda. O problema é o padrão. Eu fiquei achando fotos da Marilyn Monroe pra mostrar pra quem me enche o saco. Não foi ela um dos maiores sex symbols de todos os tempos? Bom, eu estou bem mais pra Marilyn Monroe e Bettie Page do que pra qualquer uma das magrelas e/ou gostosas malhadas de borracha que posam por aí. Elas tinham celulite e ninguém reclamava. Celulite! Antes eu sofria, agora quase me orgulho. Desde que não seja em excesso (eu até uso uns creminhos, confesso), bem, eu não tenho photoshop pra passar na minha bunda. Essa sou eu e fim. Aí eu fiquei olhando as fotos de todas essas pin ups que todo mundo adora e pensei: como se sentiam as magrelas nessa época? Mal. Certamente. Elas deviam se olhar no espelho e cobiçar quadris roliços, coxas, peitos e até uma barriguinha. Era feio ser magra.

Não sei quando o padrão das magrelas entrou em vigor – sim, vigor, como uma lei irrefutável onde, se você não é assim, é errada e tem que entrar na porra do padrão ou fica todo mundo enchendo o saco, “nossa, você engordou, né?” ou “nossa, você emagreceu, né?”. E eles com isso? Elogiosamente ou pejorativamente ninguém tem o direito de ficar falando sobre forma dos outros, sei lá, podem até pensar mas eu me sinto meio invadida quando falam essas coisas. Cada um é bonito do seu jeito. Claro que algumas pessoas podem não se sentir bem com sua forma e quererem se livrar de alguns quilos ou ganhar alguns quilos ou até mesmo botar uns peitos, ora bolas, o corpo é delas e desde que se sintam bem sem ficarem loucas olhando capas de revistas (eu sei porque já fiquei) e simplesmente mirar-se no espelho dizendo: “Olha, esta sou eu, eu estou bonita, me sinto bem e não vou deixar nenhuma besta ficar me dizendo que eu preciso fazer isso ou aquilo”. Não gosta? Sai fora. Meta-se numa festa de modelos de 15 anos e 40 quilos e veja como se sente. E tente conversar sobre qualquer assunto com elas. Sem querer soar preconceituosa, mas tenho certeza de que vai voltar correndo para a vida de verdade, onde as mulheres só são perfeitas nas revistas. E quando são no mundo real é porque dedicam a vida toda a isso. E o resto, as coisas de dentro, os livros, os discos, a vida, bem, pelo menos pra mim o resto é que conta. Descobrir que alguém gosta de mim como sou sem ficar me chamando de “chubby”, fazendo eu me sentir como uma pessoa rejeitada em relação às perfeitas e me deixando triste. Ninguém nunca mais vai me deixar triste ou neurótica comigo mesma. Aprendi a me sentir bem. E fim.

sábado, junho 25, 2005

Cinco segundos

João Paulo Cuenca (Colunista da Revista TPM)
O colunista-penetra se apaixona


Foi num dia daqueles em que o centro fica vazio, e o pessoal do escritório joga papel picado pela janela. Fim do ano e do expediente. Você apareceu, sorriu meia dúzia de amigas e sentou na mesa ao lado. Bebendo cerveja de garrafa e comendo amendoim, cabelo preso num coque. Os papéis chovendo pela janela. Depois de você ali, a cidade calou: bocas abrindo e fechando, garçons de gravata anotando pedidos, moleques pedindo moedas, ônibus relinchando, tudo sem emitir um pio sequer. No meio do povaréu, eu podia ouvir seus dentes quebrando os amendoins, goles descendo pela sua garganta, cílios se roçando num piscar de olhos. Senti seus lábios tateando meus ouvidos. Sua chegada condenou toda aquela gente à morte instantânea.

Naquele momento, fiquei sabendo de tudo. Que iríamos nos conhecer em cerca de meia hora, quando eu me levantasse para falar bonito, entre goles e nossos olhares de espadachim. Sabia que treparíamos poucos dias depois como dois desesperados, pais de filhos natimortos, nos enlevando como quem precisa. Fiquei sabendo, olhando para você na outra mesa, que nossa persistência seria comparável à teimosia de ditadores, cães loucos e donas de casa. Que nosso amor arrancado a fórceps seria perdido para ser encontrado depois, reencontrado depois, muitas vezes, quantas vezes fosse preciso.

Sabia que brigaríamos como nunca fizemos com ninguém antes e nos xingaríamos de nomes que você teria vergonha de contar até para si mesma. Mas depois faríamos as pazes, doentes de paixão, como nunca fizemos antes. Bêbados, dançando e rindo do que só nós dois poderíamos entender. Trocando a noite pelo dia, trancados por semanas aqui em casa, ouvindo música, vendo filmes, dormindo abraçados. Sabia que, rapidamente, ganharíamos intimidade: banheiro de porta aberta, beijo sem escovar os dentes, você fazendo café de calcinha. E sabia que você falaria, alguns meses depois, que eu era o melhor amante que você já teve. E você falaria que nunca mais iria querer outra pessoa. Que o meu pau seria o melhor e mais gostoso do planeta – e continuaria sendo por todas as vidas que você pudesse encarnar. E sabia que você, entre muxoxos, diria que gostaria de acordar na minha cama todos os dias. Você até iria querer, essa nem eu esperava, me dar um molequinho de presente. Antes de você beber a cerveja do seu copo, eu já sabia como iria gostar de ouvir todas essas mentiras. E como iria te retribuir com verdades.


Psicopata de cinema


Também sabia que, mesmo assim, apesar e por causa disso, eu ficaria ciumento e obsessivo como um psicopata de cinema. Faria perguntas insidiosas sobre seu passado, ex-amantes e namorados. Sobre quem te levou para a cama e quem te deixou lá. Descobri que ficaria com taquicardia e mãos trêmulas ao imaginar você com outra pessoa, no futuro ou no passado. Descobri que você iria despertar o meu melhor e o meu pior, em proporções igualmente febris. E também descobri que iríamos superar isso. E, depois de um ano, nos casar: montaríamos um apartamento cheio de coisas suas e minhas. Um novo jeito de fazer tudo, nem seu, nem meu, mas nosso.

Você me ensinaria, com seus modos calados, a viver melhor. Tomar banho lavando as costas, comer várias vezes por dia, pensar menos. Você iria combater meu impulso suicida contra o nosso amor. Não sei se você chegou a descobrir isso ainda, mas não é que o amor simplesmente acabe. O amor é morto em dias claros como este. Carrega em si a semente desse assassinato. Às vezes o crime é doloso. Mas o normal é que seja morto corriqueiramente, como um tropeço. Com você seria diferente. Descobri, só de olhar o jeito de o cabelo cair na sua testa, que você lutaria até o fim para que eu não esquartejasse o nosso amor. Você iria conseguir.

Sabendo disso tudo, foi como se não tivesse escolha. Deixei uns trocados na mesa, levantei e lancei um último olhar na sua direção, já quase virando a esquina. Depois disso, cheguei a te procurar em outros bares e saideiras. Em alguns meses, acabei esquecendo seus olhos verdes e, com eles, tudo que descobri, em não mais que cinco segundos, num dia daqueles em que o centro fica vazio, e a gente do escritório joga papel picado pela janela. O amor é morto em dias claros como este.

quinta-feira, junho 23, 2005

Liquidificador de Memórias

João Paulo Cuenca, ele escreve para a revista TPM

A leitora vira a página da revista e dá de cara com a coluna. Com sorte, lerá o texto até o final. Talvez gaste um ou dois pensamentos sobre o que leu e tire alguma conclusão. Se o escritor for muito afortunado, a leitora poderá ficar dias com o texto martelando na cabeça. Pode até copiá-lo para os amigos, colar a página na porta do armário e elogiar o autor. O tempo que a coluna vai durar para a leitora dos sonhos do colunista é, vá lá, trinta dias. A leitora média deve esquecê-lo em cinco minutos e a impaciente em trinta segundos. O próprio autor corre o risco de esquecer o que escreveu, perdido sob uma montanha de textos velhos e possivelmente constrangedores para ele mesmo, passados uma ou duas dúzias de anos.

A leitora vai ao cinema e adora o que vê. Depois, na praça de alimentação, as opiniões se dividem sobre o filme. Algumas amigas da leitora odeiam a história e automaticamente caem no seu desgosto – um bom filme é capaz de sepultar amizades profundíssimas. A leitora pode vestir determinada roupa influenciada pelo filme, sonhar com os seus personagens e, mais ainda, querer ser um deles. Paixão parecida pode despertar uma peça de teatro, livro ou banda de rock. A leitora vai diversas vezes ao teatro para ver a mesma peça: decora o texto e chega a corrigir os atores. A leitora relê um livro com entusiasmo e acaba mudando um pouco seu jeito de pensar por causa dele: os outros se transformam em simplesmente aqueles que ainda não leram o livro, o resto do mundo. Com a música, mais do mesmo: a leitora só sente vontade de ouvir aquele disco e o esperado encontro com o artista, viagem para o país marcada e cancelada inúmeras vezes, ganha ares de experiência espiritual, epifania e consagração.

Depois do cinema, a leitora passa uma noite especialmente divertida e agradável. Volta com o namorado para casa, bota o disco da banda preferida no som, conta sobre o grande filme e, se o colunista estiver com sorte, fala sobre o texto que leu na Tpm do mês passado. A leitora se larga ao namorado, nua e espontânea, braços e pernas soltos sobre a cama. Depois deita sobre o peito do namorado e dorme sem sonhar. A leitora está completa e realizada – não deseja estar em nenhum lugar que não seja ali, agora. A leitora tem a nítida sensação que o exato instante em que ganha consciência de tamanha felicidade, poucos segundos antes de dormir, vai durar para sempre e jamais será esquecido.

Mas todos esquecemos. Da enorme maioria dos filmes, bandas, peças, livros, noitadas, amigas, viagens, namorados e namoradas. Os filmes duram em média dois meses; as bandas, um ano; as peças, onze meses; os livros, seis meses; as noitadas, entre quarenta e oito horas e três semanas; as amigas, cinco anos; as viagens, quatro anos e meio; e os ex-namorados e namoradas, entre seis meses e um ano. O eterno acaba durando bem menos do que a encomenda.

De quantos momentos marcantes a leitora é capaz de lembrar? Cinco? Vinte e três? Onze? Sambando numa pista de dança vazia de uma antiga casa na Lapa, indo para a Disney aos quinze anos, a primeira vez que viu um homem nu, aquele porre na chopada da faculdade, quando viu seu pai chorar, assaltada indo para o colégio, usando vestido sem calcinha, festa na cobertura do hotel, primeira vez que amou tanto que achou que fosse a última. A leitora não tem como saber quais lembranças realmente vão emplacar, passados uma ou duas dúzias de anos.

Somos incapazes de organizar nossas lembranças, ordená-las sob critério racional e encontrar algum sentido nelas. Mestre Waly Salomão dizia aos brados que a “memória é uma ilha de edição”. Acho que está mais para um liquidificador onde fatos, lugares e pessoas se retalham e confundem. A idéia de fazer da vida presente eternidade e do amor presente o último é uma extravagância retrógrada e fora de moda. Mas as leitoras devem saber que este colunista é um homem praticamente medieval, de hábitos obsoletos e quixotescos. E que deseja emplacar ele mesmo entre tantas memórias da menina. Mais ainda: construir novas e chutar a bunda das velhas lembranças da menina.

Ontem, mais sóbrio do que nunca, escalei a torre de um castelo, lutei contra dez moinhos, trinta e dois dragões de sete cabeças, e pedi a mão da menina triste de olhos verdes...

quarta-feira, junho 22, 2005

As 100 melhores frases do cinema americano

Essa lista das 100 melhores frases do cinema americano é muito boa. Apesar de eu achar que falta algumas, e tem Casa Blanca e o Vento Levou em demasia.

Se você viu o filme, você irá lembrar. Se você não viu, quem perdeu foi você, porque só tem clássicos.

Eu coloquei o link no título do post, ali em cima, mas a pedidos colei a lista aqui também.

A Lista das Melhores Frases do Cinema Americano

1. “Frankly, my dear, I don’t give a damn,” “Gone With the Wind,” 1939.
2. “I’m going to make him an offer he can’t refuse,” “The Godfather,” 1972.
3. “You don’t understand! I coulda had class. I coulda been a contender. I could’ve been somebody, instead of a bum, which is what I am,” “On the Waterfront,” 1954.
4. “Toto, I’ve got a feeling we’re not in Kansas anymore,” “The Wizard of Oz,” 1939.
5. “Here’s looking at you, kid,” “Casablanca,” 1942.
6. “Go ahead, make my day,” “Sudden Impact,” 1983.
7. “All right, Mr. DeMille, I’m ready for my close-up,” “Sunset Blvd.,” 1950.
8. “May the Force be with you,” “Star Wars,” 1977.
9. “Fasten your seatbelts. It’s going to be a bumpy night,” “All About Eve,” 1950.
10. “You talking to me?” “Taxi Driver,” 1976.
11. “What we’ve got here is failure to communicate,” “Cool Hand Luke,” 1967.
12. “I love the smell of napalm in the morning,” “Apocalypse Now,” 1979.
13. “Love means never having to say you’re sorry,” “Love Story,” 1970.
14. “The stuff that dreams are made of,” “The Maltese Falcon,” 1941.
15. “E.T. phone home,” “E.T. the Extra-Terrestrial,” 1982.
16. “They call me Mister Tibbs!”, “In the Heat of the Night,” 1967.
17. “Rosebud,” “Citizen Kane,” 1941.
18. “Made it, Ma! Top of the world!”, “White Heat,” 1949.
19. “I’m as mad as hell, and I’m not going to take this anymore!”, “Network,” 1976.
20. “Louis, I think this is the beginning of a beautiful friendship,” “Casablanca,” 1942.
21. “A census taker once tried to test me. I ate his liver with some fava beans and a nice Chianti,” “The Silence of the Lambs,” 1991.
22. “Bond. James Bond,” “Dr. No,” 1962.
23. “There’s no place like home,” “The Wizard of Oz,” 1939.
24. “I am big! It’s the pictures that got small,” “Sunset Blvd.,” 1950.
25. “Show me the money!”, “Jerry Maguire,” 1996.
26. “Why don’t you come up sometime and see me?”, “She Done Him Wrong,” 1933.
27. “I’m walking here! I’m walking here!”, “Midnight Cowboy,” 1969.
28. “Play it, Sam. Play ’As Time Goes By,”’ “Casablanca,” 1942.
29. “You can’t handle the truth!”, “A Few Good Men,” 1992.
30. “I want to be alone,” “Grand Hotel,” 1932.
31. “After all, tomorrow is another day!”, “Gone With the Wind,” 1939.
32. “Round up the usual suspects,” “Casablanca,” 1942.
33. “I’ll have what she’s having,” “When Harry Met Sally...,” 1989.
34. “You know how to whistle, don’t you, Steve? You just put your lips together and blow,” “To Have and Have Not,” 1944.
35. “You’re gonna need a bigger boat,” “Jaws,” 1975.
36. “Badges? We ain’t got no badges! We don’t need no badges! I don’t have to show you any stinking badges!”, “The Treasure of the Sierra Madre,” 1948.
37. “I’ll be back,” “The Terminator,” 1984.
38. “Today, I consider myself the luckiest man on the face of the earth,” “The Pride of the Yankees,” 1942.
39. “If you build it, he will come,” “Field of Dreams,” 1989.
40. “Mama always said life was like a box of chocolates. You never know what you’re gonna get,” “Forrest Gump,” 1994.
41. “We rob banks,” “Bonnie and Clyde,” 1967.
42. “Plastics,” “The Graduate,” 1967.
43. “We’ll always have Paris,” “Casablanca,” 1942.
44. “I see dead people,” “The Sixth Sense,” 1999.
45. “Stella! Hey, Stella!”, “A Streetcar Named Desire,” 1951.
46. “Oh, Jerry, don’t let’s ask for the moon. We have the stars,” “Now, Voyager,” 1942.
47. “Shane. Shane. Come back!”, “Shane,” 1953.
48. “Well, nobody’s perfect,” “Some Like It Hot,” 1959.
49. “It’s alive! It’s alive!”, “Frankenstein,” 1931.
50. “Houston, we have a problem,” “Apollo 13,” 1995.
51. “You’ve got to ask yourself one question: ’Do I feel lucky?’ Well, do ya, punk?”, “Dirty Harry,” 1971.
52. “You had me at ‘hello,”’ “Jerry Maguire,” 1996.
53. “One morning I shot an elephant in my pajamas. How he got in my pajamas, I don’t know,” “Animal Crackers,” 1930.
54. “There’s no crying in baseball!”, “A League of Their Own,” 1992.
55. “La-dee-da, la-dee-da,” “Annie Hall,” 1977.
56. “A boy’s best friend is his mother,” “Psycho,” 1960.
57. “Greed, for lack of a better word, is good,” “Wall Street,” 1987.
58. “Keep your friends close, but your enemies closer,” “The Godfather Part II,” 1974.
59. “As God is my witness, I’ll never be hungry again,” “Gone With the Wind,” 1939.
60. “Well, here’s another nice mess you’ve gotten me into!”, “Sons of the Desert,” 1933.
61. “Say ‘hello’ to my little friend!”, “Scarface,” 1983.
62. “What a dump,” “Beyond the Forest,” 1949.
63. “Mrs. Robinson, you’re trying to seduce me. Aren’t you?”, “The Graduate,” 1967.
64. “Gentlemen, you can’t fight in here! This is the War Room!”, “Dr. Strangelove,” 1964.
65. “Elementary, my dear Watson,” “The Adventures of Sherlock Holmes,” 1929.
66. “Get your stinking paws off me, you damned dirty ape,” “Planet of the Apes,” 1968.
67. “Of all the gin joints in all the towns in all the world, she walks into mine,” “Casablanca,” 1942.
68. “Here’s Johnny!”, “The Shining,” 1980.
69. “They’re here!”, “Poltergeist,” 1982.
70. “Is it safe?”, “Marathon Man,” 1976.
71. “Wait a minute, wait a minute. You ain’t heard nothin’ yet!”, “The Jazz Singer,” 1927.
72. “No wire hangers, ever!”, “Mommie Dearest,” 1981.
73. “Mother of mercy, is this the end of Rico?”, “Little Caesar,” 1930.
74. “Forget it, Jake, it’s Chinatown,” “Chinatown,” 1974.
75. “I have always depended on the kindness of strangers,” “A Streetcar Named Desire,” 1951.
76. “Hasta la vista, baby,” “Terminator 2: Judgment Day,” 1991.
77. “Soylent Green is people!”, “Soylent Green,” 1973.
78. “Open the pod bay doors, HAL,” “2001: A Space Odyssey,” 1968.
79. Striker: “Surely you can’t be serious.” Rumack: “I am serious ... and don’t call me Shirley,” “Airplane!”, 1980.
80. “Yo, Adrian!”, “Rocky,” 1976.
81. “Hello, gorgeous,” “Funny Girl,” 1968.
82. “Toga! Toga!”, “National Lampoon’s Animal House,” 1978.
83. “Listen to them. Children of the night. What music they make,” “Dracula,” 1931.
84. “Oh, no, it wasn’t the airplanes. It was Beauty killed the Beast,” “King Kong,” 1933.
85. “My precious,” “The Lord of the Rings: The Two Towers,” 2002.
86. “Attica! Attica!”, “Dog Day Afternoon,” 1975.
87. “Sawyer, you’re going out a youngster, but you’ve got to come back a star!”, “42nd Street,” 1933.
88. “Listen to me, mister. You’re my knight in shining armor. Don’t you forget it. You’re going to get back on that horse, and I’m going to be right behind you, holding on tight, and away we’re gonna go, go, go!”, “On Golden Pond,” 1981.
89. “Tell ’em to go out there with all they got and win just one for the Gipper,” “Knute Rockne, All American,” 1940.
90. “A martini. Shaken, not stirred,” “Goldfinger,” 1964
91. “Who’s on first,” “The Naughty Nineties,” 1945.
92. “Cinderella story. Outta nowhere. A former greenskeeper, now, about to become the Masters champion. It looks like a mirac ... It’s in the hole! It’s in the hole! It’s in the hole!”, “Caddyshack,” 1980.
93. “Life is a banquet, and most poor suckers are starving to death!”, “Auntie Mame,” 1958.
94. “I feel the need — the need for speed!”, “Top Gun,” 1986.
95. “Carpe diem. Seize the day, boys. Make your lives extraordinary,” “Dead Poets Society,” 1989.
96. “Snap out of it!”, “Moonstruck,” 1987.
97. “My mother thanks you. My father thanks you. My sister thanks you. And I thank you,” “Yankee Doodle Dandy,” 1942.
98. “Nobody puts Baby in a corner,” “Dirty Dancing,” 1987.
99. “I’ll get you, my pretty, and your little dog, too!”, “The Wizard of Oz,” 1939.
100. “I’m king of the world!”, “Titanic,” 1997.

terça-feira, junho 21, 2005

Quem entende os homens?

Eu sempre achei que entendia os homens. Sempre tive amigos homens, e sempre falamos de tudo abertamente.

Só que o tempo passou e aí eu descobri que não entendo os homens coisíssima nenhuma. Uma coisa é estar com os meus amigos num bar quando passa uma gostosa, todo mundo olhar e concordar: é uma gostosa. Outra coisa é você entender a cabeça dos homens que contam no mercado. Claro! Amigo é como irmão, não conta. Se bem que alguns poucos, deixa para lá.

Não que eu entenda muitas coisas nesse mundo maluco. Mas realmente uma coisa que não entendo são os homens. Eu, como todas as mulheres desde Eva, não consigo entender o que se passa nas mentes destes seres complicados e para o que interessa mudos ou monossilábicos.

É impressionante como eles pensam diferente das mulheres, e quando tem uma mulher que pense igual a eles, eles não gostam. Não entendo porque homem gosta que a mulher chegue junto, mas não quer namorar ela.

Claro que os homens dirão que as mulheres são tão ou mais complexas que eles, mas pelo menos nós falamos o que pensamos. Somos até acusadas de querer discutir a relação!

Mas interessante são as mentiras que os homens contam ... Como diria o Luís Fernando Veríssimo, contam apenas para proteger as mulheres... Ah, tá bom...

É impressionante como eles tem dificuldade em serem diretos e francos, tem que falar aquelas velhas abobrinhas. Exemplo ilustrativo: Eu te ligo amanhã. Essa é a melhor!

Como diz uma amiga minha: “Não se faz mais cavalheiros, aqueles que ligam e te convidam para sair e ainda te buscam em casa. Agora os caras não ligam. Ou se ligam, ligam no fim-de-semana perguntando pra onde você vai sair, aí se ele tiver lá, já tem algo mais garantido, porque afinal ele pode pular o chaveco inicial.”

Quem entende os homens?

Eu não entendo.

Sex and the City


Eu admito que faço testes idiotas. Não com muita freqüência, mas caiu nessa tentação barata às vezes. Como se você, caro único leitor amigo, também não fizesse. Conta outra!
Então fiz esse da TPM: Quem é você em Sex and the City. Como se eu não soubesse que daria a Miranda!
Posted by Hello

Ausência

Carlos Drummond de Andrade

"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."

Mesmo que...

“Eu me reinvento,
Mudo de opinião a cada segundo,
Mantenho a eternamente a mesma idéia fixa,
Amo e desamo sem calendário e rota.
Mas nada vale a pena,
Só pra quem nem quer tentar.
Para quem se arrisca,
Tudo vale a pena,
Mesmo que por uma fração de segundo,
Mesmo que tudo que eu queira seja um grande engano.”

domingo, junho 19, 2005

A Arte da Felicidade

“O propósito da nossa vida é buscar a felicidade”.

Essa é uma frase do Dalai Lama, mas que casa perfeitamente com o que eu sempre acreditei: que a gente vem ao mundo é para ser feliz, e agora acho que estou começando uma fase que amadureci o suficiente para achar um meio de efetivar isso.

Realmente acredito que todos temos direito à felicidade, e que pessoas felizes contribuem muito mais para a sociedade e desfrutam muito mais da interação com o mundo que cada um de nós traz dentro de si.

Mas até aí é tudo muito lindo, mas não oferece nenhum meio para a realização disso. Entretanto, o Dalai Lama disse a coisa mais simples e verdadeira sobre como ser feliz: deve-se identificar os fatores que levam a felicidade e aqueles que levam ao sofrimento, e depois passar a eliminar gradativamente os fatores que levam ao sofrimento e cultivar os que conduzem a felicidade.

É exatamente isso que adotei para minha vida, e mesmo nos momentos que estou triste penso nisso, e tento aplica-lo, e só por isso já me sinto um ser humano um pouco melhor e mais feliz.

Desse caminho para a felicidade percebe-se a coisa mais básica da vida: a felicidade só depende da gente, a felicidade é determinada mais de como percebemos a nossa situação do que de fatores externos e da satisfação que sentimos com o que temos.

O que parece tão óbvio não é facilmente aplicável já que passamos toda a vida cultivando estereótipos, como o de que existirá um messias que virá nos salvar e fará a humanidade livre e feliz, ou de que somos incompletos e que há uma metade em algum lugar que nos fará felizes para sempre, ou de que a riqueza e o sucesso fazem as pessoas felizes, entre outros.

Isso apenas reflete que não nos preparamos para sermos felizes, mas para sermos frustrados. Já que depois da euforia inicial que certos fatores externos trazem, voltamos a sermos as mesmas pessoas e com o mesmo nível de felicidade. E quem não conhece alguém que tem tudo o que a nossa sociedade estipula que seria felicidade e é infeliz e deprimido?

Entretanto, o que é a chave fundamental é cultivar a qualidade mental e a estabilidade interna. Pois não importa quais sejam as condições ou os meios externos que seriam necessários a felicidade, eles nunca nos darão a felicidade que buscamos se não tivermos a capacidade de sermos felizes internamente. Mas do contrário com a qualidade interior e sem os recursos externos que normalmente seriam considerados pré-requisitos a felicidade, pode-se ter uma vida feliz e prazerosa.

Mas alcançar a felicidade não é algo fácil, já que não é fácil cultivar estados mentais positivos e romper com os pensamentos que nos prejudicam. Mas a conscientização da necessidade de tentar faze-lo, e o próprio processo de aprendizado vai nos tornando mais capazes de sermos felizes. Com isso quando as frustrações, os problemas e os maus sentimentos aflorem, poderemos lidar melhor com eles, e que estes movimentem a superfície, mas não atinja as nossas raízes.

Tudo isso pode ser até utópico, e é, mas sem sonhos e metas a gente não sai do lugar, e estou conseguindo evoluir em coisas pontuais na minha vida ao tentar romper com o ciclo do mau estado mental. E hoje eu posso dizer que sou mais feliz que fui ontem, e que amanhã me esforçarei para aprender a ser mais feliz do que sou hoje.

sábado, junho 18, 2005

A prisão do tempo




Todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo, temos todo o tempo do mundo
Todos os dias antes de dormir lembro e esqueço como foi o dia
Sempre em frente, não temos tempo a perder ”
(Tempo Perdido, Renato Russo)


“Don’t go away, say what you saybut say that you’ll stay,
forever and a day, in the time of my life
‘Cos a need more time just to make things right”
(Don’t Go Away, Oasis)

“Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara cansado de correr na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára”
(O Tempo Não Pára, Arnaldo Brandão e Cazuza)


Diariamente tenho a sensação de estar aprisionada na escravidão contemporânea que é o tempo, e em suas manifestações mais claras o relógio e a agenda. Todos dias acordo em tal horário, tomo café no mesmo horário, almoço mesmo sem fome porque está na hora, etc...Todo dia.... Todo dia....

O que me faz lembrar muito do filme “Tempos Modernos” do Charles Chaplin. Pois este mostra mesmo que de forma cômica a crítica social relacionada a sujeição do homem contemporâneo a escravidão do relógio, com seus horários todos pré-estabelecidos, com seu almoço ou seu jantar atrelados a determinados momentos específicos do dia, mesmo que em alguns dias, não estejamos com fome; com seu lazer estipulado para os finais de semana ou para as folgas alternadas das escalas e turnos estabelecidos pelas empresas; com suas férias tendo que ser vividas no prazo que for dado pelas companhias e assim vai, com os ponteiros oprimindo a espontaneidade e a criatividade dos homens.

Isso enlouquece qualquer um, e alguns dias efetivamente o consegue.

É tão certo que essa automatização e cobrança do cotidiano impera sob nós como uma escravidão que a primeira coisa que faço quando chego em casa é tirar o relógio, é como um símbolo da prisão e da opressão.

Outra faceta da prisão do tempo é a sensação de que estamos sempre perdendo o nosso tempo com essas obrigações do cotidiano, pois passamos muitos anos fazendo o que é esperado que façamos. Um dia a casa cai e percebemos que não nos resta tanto tempo. Em seguida perdemos mais tempo lamentando o tempo que já se passou e como queríamos mais tempo para fazer as coisas certas e as coisas darem certas, além é claro de mais tempo para conseguir realizar os nossos sonhos.

Mas o tempo não pára. Dessa forma enquanto somos jovens reclamamos que não realizamos o que gostaríamos, mas temos aquela certeza que ainda há muito tempo, na sensação de que sempre existirá muito tempo até o futuro chegar. Porém, tenho certeza que nossos pais pensaram a mesma coisa e um dia ao se olharem no espelho, como Drummond tão bem escreveu, não reconheceram estes velhos que miravam os seus olhos.

"Enfim... um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras..." (Mário Quintana)

quinta-feira, junho 16, 2005

Nossos dias melhores nunca virão?

Sempre estou na corda bamba dividida entre a pressa de viver e realizar e o nostalgismo de como as coisas eram mais serenas no passado. Por isso, acho que me identifiquei com a crise do Jabor. De certa forma quase sempre me identifico com os textos do Jabor, seja pela visão das relações interpessoais da contemporaneidade, seja pelo sarcasmo com os episódios pitorescos de nosso país.

Nossos dias melhores virão?
Arnaldo Jabor

Ando em crise, numa boa, nada de grave. Mas, ando em crise com o tempo. Que estranho "presente" é este que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida, como se nossos músculos, ossos e sangue estivessem correndo atrás de um tempo mais rápido.

As utopias liberais do século 20 diziam que teríamos mais ócio, mais paz com a tecnologia. Acontece que a tecnologia não está aí para distribuir sossego, mas para incrementar competição e produtividade, não só das empresas, mas a produtividade dos humanos, dos corpos. Tudo sugere velocidade, urgência, nossa vida está sempre aquém de alguma tarefa. A tecnologia nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas, fábricas vivas, chips, pílulas para tudo.

Temos de funcionar, não de viver. Por que tudo tão rápido? Para chegar aonde? A este mundo ridículo que nos oferecem, para morrermos na busca da ilusão narcisista de que vivemos para gozar sem parar? Mas gozar como? Nossa vida é uma ejaculação precoce.

Estamos todos gozando sem fruição, um gozo sem prazer, quantitativo. Antes, tínhamos passado e futuro; agora, tudo é um "enorme presente", na expressão de Norman Mailer. E este "enorme presente" é reproduzido com perfeição técnica cada vez maior, nos fazendo boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que "não pára de não chegar".

Antes, tínhamos os velhos filmes em preto-e-branco, fora de foco, as fotos amareladas, que nos davam a sensação de que o passado era precário e o futuro seria luminoso. Nada. Nunca estaremos no futuro. E, sem o sentido da passagem dos dias, da sucessibilidade de momentos, de começo e fim, ficamos também sem presente, vamos perdendo a noção de nosso desejo, que fica sem sossego, sem noite e sem dia. Estamos cada vez mais em trânsito, como carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa, e cada vez mais nossa identidade vai sendo programada. O tempo é uma invenção da produção. Não há tempo para os bichos. Se quisermos manhã, dia e noite, temos de ir morar no mato.

Há alguns anos, eu vi um documentário chamado Tigrero, do cineasta finlandês Mika Kaurismaki e do Jim Jarmusch sobre um filme que o Samuel Fuller ia fazer no Brasil, em 1951. Ele veio, na época, e filmou uma aldeia de índios no interior do Mato Grosso. A produção não rolou e, em 92, Samuel Fuller, já com 83 anos, voltou à aldeia e exibiu para os índios o material colorido de 50 anos atrás. E também registrou, hoje, os índios vendo seu passado na tela. Eles nunca tinham visto um filme e o resultado é das coisas mais lindas e assustadoras que já vi.

Eu vi os índios descobrindo o tempo. Eles se viam crianças, viam seus mortos, ainda vivos e dançando. Seus rostos viam um milagre. A partir desse momento, eles passaram a ter passado e futuro. Foram incluídos num decorrer, num "devir" que não havia.

Hoje, esses índios estão em trânsito entre algo que foram e algo que nunca serão. O tempo foi uma doença que passamos para eles, como a gripe. E pior: as imagens de 50 anos é que pareciam mostrar o "presente" verdadeiro deles. Eram mais naturais, mais selvagens, mais puros naquela época. Agora, de calção e sandália, pareciam estar numa espécie de "passado" daquele presente. Algo decaiu, piorou, algo involuiu neles.
Lembrando disso, outro dia, fui atrás de velhos filmes de 8mm que meu pai rodou há 50 anos também. Queria ver o meu passado, ver se havia ali alguma chave que explicasse meu presente hoje, que prenunciasse minha identidade ou denunciasse algo que perdi, ou que o Brasil perdeu...

Em meio às imagens trêmulas, riscadas, fora de foco, vi a precariedade de minha pobre família de classe média, tentando exibir uma felicidade familiar que até existia, mas precária, constrangida; e eu ali, menino comprido feito um bambu no vento, já denotando a insegurança que até hoje me alarma. Minha crise de identidade já estava traçada. E não eram imagens de um passado bom que decaiu, como entre os índios. Era um presente atrasado, aquém de si mesmo. A mesma impressão tive ao ver o filme famoso de Orson Welles, It's All True, em que ele mostra o carnaval carioca de 1942 - únicas imagens em cores do País nessa década. Pois bem, dava para ver, nos corpinhos dançantes do carnaval sem som, uma medíocre animação carioca, com pobres baianinhas em tímidos meneios, galãs fraquinhos imitando Clark Gable, uma falta de saúde no ar, uma fragilidade indefesa e ignorante daquele povinho iludido pelos burocratas da capital. Dava para ver ali que, como no filme de minha família, estavam aquém do presente deles, que já faltava muito naquele passado.

Vendo filmes americanos dos anos 40, não sentimos falta de nada. Com suas geladeiras brancas e telefones pretos, tudo já funcionava como hoje. O "hoje" deles é apenas uma decorrência contínua daqueles anos. Mudaram as formas, o corte das roupas, mas eles, no passado, estavam à altura de sua época. A Depressão econômica tinha passado, como um grande trauma, e não aparecia como o nosso subdesenvolvimento endêmico. Para os americanos, o passado estava de acordo com sua época. Em 42, éramos carentes de alguma coisa que não percebíamos. Olhando nosso passado é que vemos como somos atrasados no presente. Nos filmes brasileiros antigos, parece que todos morreram sem conhecer seus melhores dias.

E nós, hoje, nesta infernal transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca? Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os "juros" da vida? Chego a ter inveja das multidões pobres do Islã: aboliram o tempo e vivem na eternidade de seu atraso. Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente.

quarta-feira, junho 15, 2005

Amar é um ato de coragem

Amar é um ato de coragem!

Hoje recebi esta frase em uma mensagem, não sei se a pessoa que me enviou teve a exata noção de como aquilo me tocara. Talvez a tenha neste exato momento.

Realmente para se amar tem que ter coragem, mas principalmente tem-se que ter o desprendimento para se permitir viver o sentimento. O que aparentemente parece fácil, é uma das coisas mais difícil para a maioria das pessoas. É muito mais cômodo não ser de ninguém, ficar na sua ostra e manter a pose de auto-suficiente. O que parece tão moderno e liberal, na verdade é algo mais perto da covardia.

Para se amar tem que se baixar à guarda, que admitir para o outro que está vulnerável e que está disposto a possibilitar que o outro te magoe, mas que também está disposto a amar e ser amado, e a entrar em contato com o mundo novo que está no outro. Um mundo que não conhecemos as regras, as direções e que não temos a cartilha. Sim: para adentrar esse mundo precisamos de atitude.

Por isso, eu sempre admirei e até invejei essas pessoas que tem coragem de admitir que amam, declarar ao outro, possibilitar viver este sentimento, mesmo que quebrem a cara e sejam magoadas. Eu como a maioria das pessoas nunca disse: Eu te amo!
Essa pessoa que me mandou essa frase é uma dessas que tenho admiração e inveja, e são desses amigos que tenho saudades e não só nos verões. Caro único leitor amigo, acho que esses amigos nunca saberão o quanto me modificaram como ser humano e como marcaram irremediavelmente o meu caminho.

terça-feira, junho 14, 2005

Ser ou não Ser de Ninguém?

Arnaldo Jabor


Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".
No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.

Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois?

Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação".

Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida....

Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix".A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo.

Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.

Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada.
Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.

Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.

Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar".

Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio a confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram ( pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras.

Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam.

A questão não é causal, mas quem sabe correlacional. Podemos aprender a amar se relacionando, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.

Ser de todo mundo e não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também...É não ser livre para trocar e crescer...É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.

segunda-feira, junho 13, 2005

I wanna go home

Sem muito o que falar hoje. Na maioria das vezes tentar traduzir o que só o olhar pode dizer parece pouco eloqüente. Por isso, deixo apenas a letra de uma música que tem uma linda melodia, a letra parece um pouco simplória, porém me faz pensar o que faz de um lugar seu lar. São as pessoas? São as lembranças? É o que o lugar nós faz sentir? Ou simplesmente sentir-se seguros? É o aroma que o local exala?

HOME
Michael Dublé

Another summer day
Is come and gone away
In Paris and Rome
But I wanna go home

Maybe surrounded by
A million people I
Still feel all alone
I just wanna go home
I miss you, you know

And I've been keeping all the letters that I wrote to you
Each one a line or two
"I'm fine baby, how are you?"
Well I would send them but I know that it's just not enough
My words were cold and flat
And you deserve more than that

Another aeroplane
Another sunny place
I'm lucky I know
But I wanna go home
I've got to go home

Let me go home
I'm just too far
From where you are
I wanna come home

domingo, junho 12, 2005

Alguém pra chamar de seu

Feliz Dia dos Namorados!
 
Alguém pra chamar de seu
 
Luiz Caversan (jornalista e escreve para a Folha Online aos sábados)
 
De novo a mesma coisa: celulares, viagens maravilhosas, oportunidades imperdíveis, argumentos incontornáveis para você dizer para o seu bem, sim, eu te amo, no tal dia dos namorados.
 
Nas últimas semanas, a mídia e praticamente tudo o que nos cerca fizeram com que nos sentíssemos quase que obrigados, primeiro a ter alguém para chamar de seu, e, segundo, a dar um presente inesquecível para este bem.
 
Como reles mortal, obviamente fui atingido pela eficiência dos nosso publicitários, e fiquei querendo muito, sobretudo na última semana, ter sim alguém pra chamar, no caso, de minha.
 
Mas não para presentear com celulares, perfumes, viagens ou com um carro zero.Queria mais era dar para o meu bem um pouco da cor dos crepúsculos desses dias frios, o contorno do morro Dois Irmãos que vi ainda há pouco no horizonte de Ipanema, o olhar incrivelmente saudável daquela menina doente que encontrei no metrô outro dia, a capacidade de manter o desfrute do prazer sempre no plano do consciente para que haja o engrandecimento da alma, a percepção de que a mentira às vezes ocorre de forma tão espontânea quanto a transpiração (Machado), a capacidade de perceber que o sorriso do cachorro está no rabo (Jards Macalé); uma, só uma bolinha da água Pellegrino, um pastel de feira de palmito, uma, só uma, taça de champanhe rosê, um livro para ser lido com prazer até o fim, um banho de infusão com sal grosso ou ervas finas.
 
Gostaria, quem sabe, de dar um pouco de certeza, mas não tenho nenhuma disponível no momento. Talvez uma resposta, mas nem sequer sei a pergunta! Um pouco de luz, mas perdi os fósforos... Uma palavra amiga, mas minha garganta está meio seca e muda. Carinho, sim, daria, ou pelo menos tentaria dar, para quem soubesse ou se dispusesse a receber o meu tipo.
 
Será que há?
Quem sabe, pensei, poderia fazer um discurso retumbante, recitar versos emocionantes ou transpor muros e montanhas para fixar, lá no alto, a bandeira das minhas sensibilidades e das carências?
 
Desisti, porque me lembrei de que, quando você tem realmente alguém para chamar de seu, quando conquista esse direito, quando é premiado com essa dádiva, não há necessidade nenhuma de comprová-lo, afirmar ou reafirmar.
 
Mesmo que a vontade seja a de mudar como um deus o curso da história por causa do seu bem (G.Gil), nada há a explicar, solicitar, expor, mencionar, muito menos a exigir, cobrar, requisitar.
 
Não.Quando você realmente tem alguém para chamar de seu, basta dizer "meu bem" que fica tudo bem.

sábado, junho 11, 2005

Despertando o fetiche!

Por Renata Vasconcellos
Bom Dia Brasil

Quem gosta de namorar sabe que para manter a magia do primeiro encontro, o prazer da conquista, é preciso imaginação. Um jantar romântico ou um bouquet de flores sempre funcionam nas datas especiais. Mas há que se ter uma certa criatividade para sair da rotina e surpreender a quem se ama.

Determinados objetos, como uma peça do guarda-roupa ou até uma atitude podem despertar mais o interesse do outro e fazer toda a diferença. A coluna Coisas do Gênero mostra hoje que o fetiche pode ser uma arma de sedução poderosa e uma boa inspiração para o Dia dos Namorados.

"Eu acho que hoje em dia o fetiche faz um pouco parte da vida da gente. Não nos damos mais conta do que é fetiche", diz uma mulher.

"Sapato alto deixa a mulher poderosa, alta soberana", conta outra.

"Comigo o que funciona muito é o olhar", avisa um rapaz.

Dor, beleza e erotismo: os grandes psicanalistas, como Freud e Lacan, tentaram desvendar o mistério que transforma simples objetos em fonte de prazer e sedução. O bom do fetiche é a imaginação. Nas ruas, as pessoas lembram alguns objetos de sedução.

"Uma langerie de seda", diz um jovem.

"Eu gosto de cueca samba-canção. Acho bonito", afirma uma moça.

"Sapatos femininos, salto alto", conta outro rapaz.

O fato é que até hoje muitos arriscam tentar, mas poucos conseguem provar a relação entre o prazer e esses adereços. Desde o Império Romano, o homem já destacava certas partes ou formas do corpo e objetos relacionados, que funcionam como uma espécie de atalho para prazer.

Foi na recatada Era Vitoriana, no século XIX, que o fetiche mudou para sempre a maneira de encarar a sexualidade moderna. O puritanismo da época transformava em tabu qualquer pedaço de pele à mostra.

"O proibido é mais gostoso em tudo. Não só na moda. As amarrações, a parte toda de couro, os rebites... Sempre vai ter alguma coisa de fetiche dentro da roupa. Acho que o glamour já é uma espécie de fetiche", observa o estilista Ocimar Versolato.

Mas não foram os estilistas os primeiros a tirarem esses objetos das alcovas e das lojas especializadas. Os punks viram no fetiche uma forma de protesto. Liberdade ou Submissão? As feministas da década de 70 custaram a digerir a idéia de mulheres se apertando em espartilhos para agradar a uma homem. Sequer imaginavam um homem se submetendo aos caprichos de beleza para agradar a uma mulher.

Polêmica à parte, o mercado aproveita para faturar com a indústria da sedução. Quem paga a conta sabe exatamente o que quer.

"Meu prazer é em agradar a mim mesma. A partir daí posso agradar a quem eu quiser", diz a gerente comercial, Magda Lajtman.

"Ela pode se aprisionar, se ela achar que tem que fazer alguma coisa que não tenha vontade", alerta o ator Fábio Assunção.

"Fetiche tem a ver com querer agradar, fazer uma brincadeira. Acho que é um temperinho para o relacionamento, algo a mais", afirma a atriz Luana Piovani.

Mas e quando o tempero vira o prato principal?

"O fetichista desloca o seu desejo para um objeto. Não para a mulher, mas para o que a cobre, a reveste. Para o fetichista, a calça de couro ou o sutiã de renda são mais importantes que a própria mulher", explica a psicóloga Maria Helena Matarazzo.

Para alguns a graça está aí, mas para outros...

"É pouco. O fetiche por si só é interessante, ele provoca, é estimulante e motiva. Mas é um complemento, um detalhe do todo. A mulher não se resume só ao fetiche. Tem gente que se contenta com pouco. Eu prefiro o todo", diz um homem.

Comentários: eu vi esta reportagem hoje no Bom Dia Brasil, achei bem legal, com certeza com as imagens ficavam melhor. Mas o que eu não entendo é fetiche por pés, coisa mais sem sal. Quem entender do assunto posta uma explicação!
Nuca, costas, peito, perna, bunda, mãos até fazem sentido. Ainda mais mãos. Porque mãos tudo bem, é o seu contato com o mundo, sente-se o mundo, escreve-se com as mãos, comunica-se com as mãos, tudo se faz com as mãos. Tô até reconhecendo que tenho tara em mãos.
Só outro P.S.: se eu for depender de salto alto e pés bonitos eu tô ferrada, sem falar de outras coisas.

sexta-feira, junho 10, 2005

Sexo, casamento e economia: Solidão




A FGV lançou esta semana um estudo sobre “Sexo, Casamento e Economia”. Estudo muito interessante e que na minha perspectiva revela dados de certa forma preocupantes.

Cresce a cada dia o número de pessoas solitárias no Brasil, por solitária se compreende pessoas que não têm parceiros fixos. Mas o que me preocupou foi o fato que quanto maior o nível de educação e maior a renda da mulher maior as chances dela ser solitária.

Disso consigo abstrair três coisas: 1) os homens ainda se assustam com mulheres bem resolvidas e de sucesso, e especialmente se sentem desconfortáveis em ganhar menos que suas parceiras; 2) as mulheres são estão cada vez mais exigentes, e às vezes tem dificuldades em manter relacionamentos estáveis ao mesmo tempo em que possuem grandes responsabilidades profissionais, e terminam optando pela carreira; e 3) as pessoas de forma geral estando tendo dificuldades em se relacionar, as pessoas ficam fechadas em suas conchas com medo de arriscar, e por medo de sofrerem ou se decepcionarem não se abrem a relacionamentos.

Essa pesquisa revelou ainda que Brasília é a capital das solitárias, o que de fato não me surpreendeu, mas achei depressivo mesmo assim. Eu como mulher, brasiliense, com nível superior, mais de 20 anos e solteira estou me enquadrando nestes números. Não que eu esteja ou tenha planos de casar e etc a essa altura da vida. Mas é estranho endossar números deste tipo.

Além disso, essa pesquisa foi lançada logo antes do dia dos namorados. Mesmo não acreditando em casamentos tradicionais, gostaria de passar pela experiência de ser pedida em casamento (estou de cara que escrevi isso, mas escrevi!), nem que seja para ter mais uma folha a minha futura biografia (como se eu fosse escreve-la!). Mas de qualquer forma é estranho pensar em estar só não por opção mas por falta de outras possibilidades.

Para ler toda a pesquisa acesse:
www.fgv.br/cps

Amanda Menezes é solteira, tem 21 anos, já se considera graduada, e começa a se preocupar com a solidão.


Rio e Brasília são "capitais da solidão" para mulheres


Por Guido Nejamkis

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Rio de Janeiro e Brasília são ascapitais das mulheres sozinhas no país, segundo mostrou umestudo divulgado na quinta-feira.

Essas duas cidades que, em comparação ao restante doBrasil, apresentam altos níveis relativos de educação e renda,têm cerca de 45% das mulheres sozinhas, indicou oestudo "Sexo, Casamento e Economia", elaborado pela FundaçãoGetúlio Vargas.

Brasília tem 44,32% de sua população femininavivendo sozinha. No Rio, sobe para 47,39%. Ainda nacapital fluminense, o bairro de Copacabana é a região analisadaque apresenta a maior porcentagem de mulheres sozinhas (64%). Outra cidade com índice similar de mulheres sozinhas é SãoPaulo, com 44,19%.

O estudo também mostrou que nas áreas que concentram a população de maior renda, a solidão aumenta, e que o número demulheres e homens sozinhos no país cresce de forma constante e acelerada desde a década de 1980.

quinta-feira, junho 09, 2005

Love is in the air...




Quando só o que se vê e ouve é a respeito dos Dias dos Namorados, só se têm duas alternativas: 1) repudiar a data, olha que quase cai nesta tentação, porque detesto todas aquelas propagandas bregas da data; ou 2) entrar no clima.

Então, resolvi entrar no clima. Mesmo que ainda esteja aliviada de não ter que comprar presente para seu ninguém (Tudo tem seu lado bom na vida!), aderi a época.

Mas, caro único leitor amigo, você me perguntaria como eu posso entrar no clima?

Tive a idéia brilhante, se você leitor amigo me permite tamanha falta de modéstia, de postar vários trechos super melosos, amorosos, aqueles que você diz “ah, se alguém me falasse isso!”, e também os bregas, mas românticos, porque são nessas canções que linha tênue entre ser brega e ser cult se rompe mais facilmente.

E convido você a lê-los e postar nos comentários outros trechos adequados a esta época que o amor está no ar.


“You are the closest to heaven that I have been”. Goo Goo Dolls

“Te quero só pra mim, você mora no meu coração”. Caetano Veloso

“Vi que sem você não há caminho, nem me acho”. Caetano Veloso

“Meu coração ferve por você”. Sidney Magal

“Você é linda, mas que demais, você é linda assim”. Caetano Veloso

“Eu te devoraria a qualquer preço”. Djavan

“É quando eu penso em você que não me sinto só”. Moska

“I can´t stop loving you”. Van Haley.

“I’ve had the time of my life, no I never felt this way before … and I owe all to you”. Dirty Dance.

“You just too good to be true … Can’t take my eyes off of you”.

“You always all my mind”. Elvis Presley

“Faço tanta coisa pensando no momento de te ver, a minha casa sem você é triste, a espera arde sem aquecer”. Skank.

“I knew I loved you before I meet you”. Savage Garden.

“Cause of you I forget the smart ways to run”. Shakira.

“Meu mundo gira em torno de você”. Kid Abelha.

“I’ll stand by you, won’t let nobody hurt you”. Pretenders.

“Eu não existo longe de você, e a solidão é o meu pior castigo, eu conto as horas pra poder te ver”. Adrina Calcanhoto

“Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar, em cada despedida eu vou te amar desesperadamente, eu sei que vou te amar e cada verso meu será pra te dizer que eu sei que vou te amar por toda minha vida”. Tom Jobim.

“Como é grande o meu amor por você”. Roberto Carlos.

Amanda Menezes é universitária só por mais um mês, nunca acreditou em amores eternos, mas sempre se pega cantando e ouvindo uma música com frases melosas.